Ética, princípio responsabilidade e testamento vital: o tema da morte frente aos avanços tecnológicos
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.44561Palavras-chave:
Tecnologia, Responsabilidade, Dignidade humana, Testamento vital.Resumo
O presente artigo tem como escopo apresentar o princípio responsabilidade de Hans Jonas como uma possível saída para os problemas advindos da utilização das novas tecnologias em relação à vida em todas as suas esferas. Além disto, objetiva-se analisar a concepção de testamento vital, como um instrumento jurídico, capaz de solucionar as divergências advindas do uso crescente da tecnologia na área da saúde e, em especial, na medicina. Destaca-se ainda, que o sistemático e progressivo avanço biotecnológico não é acompanhado pelo desenvolvimento histórico-cultural da sociedade em relação à temática da morte e do direito de morrer. Portanto, o artigo procurou analisar os reflexos das novas tecnologias, particularmente, na medicina e os avanços éticos nas discussões jurídicas sobre o testamento vital e o direito de morrer e a responsabilidade ético-científica do médico frente a estes avanços.
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