Um investigador das mentalidades em terra de positivistas: a entrada de Louis Rougier no movimento filosófico do positivsmo lógico
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.29099Palavras-chave:
Louis Rougier, Círculo de Viena, Escola dos Annales, tradição positivista, tempoResumo
Em 1931, Louis Rougier, um investigador da mentalidade escolástica, escreve sua primeira carta a Moritz Schlick, o fundador oficial de um movimento filosófico que naquele ano seria conhecido, através de um afamado artigo de dois de seus membros, Albert E. Blumberg e Herbert Feigl, como Positivismo Lógico. O contato resultou na rápida adesão de Rougier ao movimento, que reconhecerá, em trabalhos anteriores deste autor, numerosas semelhanças com suas próprias teses. Em diversos aspectos, como a maneira como concebem o tempo, é certo que as tradições positivista e da Escola dos Annales possuem diferenças notáveis. Sob esse prisma, a entrada de Rougier no movimento e o modo como ocorreu, é, no mínimo, instigante. Esse artigo tem como objetivo delinear primeiramente a singularidade de tal acontecimento, através do apontamento das distintas posturas acerca do conceito de tempo, e esboçar alguns motivos que teriam levado Rougier a entrar no grupo e sua aceitação, chegando a se tornar o único membro francês do Círculo de Viena e figura central da recepção do movimento na França.
Downloads
Referências
ANKERSMIT, Frank. Tiempo. In: MUDROVCIC, María I.; RABOTNIKOF, Nora (org.) En busca del pasado perdido: temporalidade, historia y memoria. México: Siglo XXI Editores, UNAM, 2013.
AYER, Alfred Jules (org.). El Positivismo lógico. México: Fondo de Cultura Económica, 1965.
BONNET, Christian. La première réception française du Cercle de Vienne: Ernest Vouillemin et Louis Rougier. Austriaca, nº 63, p. 71-83, 2006.
_________¬¬¬; WAGNER, Pierre (org.). L’âge d’or de l’empirisme logique. Paris: Gallimard, 2006.
BLUMBERG, Albert. E. ; FEIGL, Herbert. Le positivisme logique. In: WAGNER, Pierre ; BONNET, Christian. L’âge d’or de l’empirisme logique. Paris: Gallimard, 2006.
CARNAP. Rufolf. La antigua y la nueva lógica. In: AYER, Alfred Jules (org.). El Positivismo lógico. México: Fondo de Cultura Económica, 1965.
_________¬; NEURATH, O., HAHN, H. A concepção científica do mundo. In: Cadernos de Filosofia das ciências. Campinas, nº 10, 1986.
COMTE, Auguste. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo: Marins Fontes, 1990
FRANK, Philipp. Que représentent les théories physiques contemporaines pour la théorie générale de la connaissance?. In: WAGNER, Pierre ; BONNET, Christian. L’âge d’or de l’empirisme logique. Paris: Gallimard, 2006.
KOSSELECK, Reinhart. A configuração do moderno conceito de História. In: KOSSELECK, R. (et al.) O Conceito de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
QUELBANI, Mélika. O Círculo de Viena. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
RANCIÈRE, Jacques. O conceito de anacronismo e a verdade do historiador. In: SALOMON, Marlon (org.). História, Verdade e Tempo. Chapecó: Argos, 2011.
ROUGIER, Louis. La mentalité scolastique. Revue philosophique de la France et de l’etranger, nº 97, p. 208-232, 1942.
_________. La Scolastique et la Logique. Erkenntnis, vol. V, p. 100-109, 1935.
_________. Pseudo-problèmes résolus et soulevés par la Logique d’Aristote. Actes du Congrès international de philosophie scientifique. Sorbonne, Paris, vol. III, p. 35-40, 1936.
SALOMON, Marlon. O problema do pensamento outro em Alexandre Koyré e Lucien Febvre. In: História da Historiografia, nº 15, p. 124-147, 2014.
SCHLICK, Moritz. L’École de Vienne et la philosophie traditionnelle. In : Actualités scientifiques et industrielles, t. IV. Paris: Hermann, 1937.
_________. El viraje de la filosifía. In: AYER, Alfred Jules (org.). El Positivismo lógico. México: Fondo de Cultura Económica, 1965.
_________. A causalidade na física atual. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980a.
_________. Positivismo e Realismo. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980b.
SIMMEL, Georg. O problema do tempo histórico. In: Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Aufklärung: revista de filosofia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Política de Direito Autoral para os itens publicados pela Revista:
1.Esta revista é regida por uma Licença da Creative Commons aplicada a revistas eletrônicas. Esta licença pode ser lida no link a seguir: Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
2.Consonante a essa politica, a revista declara que os autores são os detentores do copyright de seus artigos sem restrição, e podem depositar o pós-print de seus artigos em qualquer repositório ou site.
Política de Direito de Uso dos Metadados para informações contidas nos itens do repositório
1. Qualquer pessoa e/ou empresa pode acessar os metadados dos itens publicados gratuitamente e a qulquer tempo.
2.Os metadados podem ser usados sem licença prévia em qualquer meio, mesmo comercialmente, desde que seja oferecido um link para o OAI Identifier ou para o artigo que ele desceve, sob os termos da licença CC BY aplicada à revista.
Os autores que têm seus trabalhos publicados concordam que com todas as declarações e normas da Revista e assumem inteira responsabilidade pelas informações prestadas e ideias veiculadas em seus artigos, em conformidade com a Política de Boas Práticas da Revista.