A analítica kantiana do sublime em Friedrich Schiller

Autores

  • Artur Bispo dos Santos Neto Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.29629

Palavras-chave:

Beleza, Subjetividade, Imaginação, Patético.

Resumo

O nosso texto tem como propósito apontar a articulação existente entre a estética kantiana, expressa na sua obra basilar Crítica da faculdade do juízo, e a reflexão estética constituída por Friedrich Schiller mediante a sua noção de sublime. Embora Schiller se inscreva sob o signo da influência da terceira Crítica, vamos mostrar na tessitura deste texto como consegue libertar-se da influência kantiana, ao recusar a centralidade do juízo de gosto na definição do belo e afirmar a beleza (puchritudo) como liberdade no fenômeno. Schiller não se limita à investigação do sublime no âmbito da beleza livre (natureza), mas investiga-a especialmente no campo da beleza aderente. Embora o próprio Kant tenha atribuído ao gosto o significado de uma transição do prazer dos sentidos à disposição moral, será Schiller quem radicalizará o propósito de uma educação moral do homem pela mediação do sublime e do patético na arte.

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Biografia do Autor

Artur Bispo dos Santos Neto, Universidade Federal de Alagoas

Professor do Curso de Filosofia. Leciona no Programa de Especialização de Filosofia e Educação, no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação de Letras e Linguística

Referências

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Arquivos adicionais

Publicado

2016-10-07

Como Citar

Santos Neto, A. B. dos. (2016). A analítica kantiana do sublime em Friedrich Schiller. Aufklärung: Journal of Philosophy, 3(2), p.135–144. https://doi.org/10.18012/arf.2016.29629