O Direito liberal à luz do pensamento habermasiano
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.34028Palavras-chave:
Liberalismo, Democracia, Legitimação, ProcedimentalismoResumo
O Direito liberal procede da ideia kantiana de um acordo de arbítrios conforme uma lei de liberdade externa, assegurando a ideia de um radicalismo pós-religioso de legitimidade e sem fundamentos metafísicos (Nozick). Habermas aproveita os sentidos do Direito liberal de Nozick e Kant, liberdade e não fundacionismo e associa a crítica ao Direito socialista a uma visão construtiva que, assim como Rawls (e seu pluralismo razoável), busca pensar as pretensões de um Direito democrático no espaço público. Superando a dicotomia socialista-liberal do século XX, Habermas busca manter a democracia e a pós-metafísica como elementos de um Direito pluralista que através do procedimentalismo institucionalizador das conquistas do espaço público movido pela razão comunicativa, possa assegurar as pretensões de legitimação da liberdade com as necessárias visões da “Teoria Crítica” sobre a legitimação da democracia no capitalismo tardio, preservando as autonomias pública e privada da tradição republicana e liberal de Kant.Downloads
Referências
ARENDT, H. O sistema totalitário. Tradução Roberto Raposo. Lisboa: Dom Quixote, 1978.
BERLIN, I. Quatro ensaios sobre a liberdade. Brasília: EDUNB, 1981.
________. Rousseau e outros cinco inimigos da liberdade. Lisboa: Gradiva, 2005.
GAUS, G. The order of Public Reason. A Theory of Freedom and Morality in a diverse and bounded world. New York: Cambridge University Press, 2011.
GIESEN, K. G. Habermas, a segunda modernidade e a sociedade civil internacional. In: Novos Estudos do Cebrap, jul., n. 60, p.87-97, 2001.
HABERMAS, J. Direito e Democracia: entre facticidade e validade. Tradução Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997, vol.1.
HEGEL, G.W.F. Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito ou Direito Natural e Ciência do Estado em Compêndio. Tradução Paulo Meneses et al. São Paulo: Loyola-Unisinos-Unicap, 2010.
HOBBES, T. Leviathan ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
HUMBOLDT, W.V. Los limites de la acción del Estado. Estudo preliminar Joaquín Abellán. Madrid: Tecnos, 2002.
KANT, I. A Metafísica dos Costumes. Princípios metafísicos da doutrina do Direito. Tradução José Lamego. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005.
________. Antropologia de um ponto de vista pragmático. São Paulo: Iluminuras, 2006.
________. KANT, I. Ideia de uma História Universal de um ponto de vista Cosmopolita. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
KELSEN, H. Teoria Pura do Direito. Tradução João Baptista Machado. Coimbra: Armênio Amado, 1984.
KERSTING, W. Universalismo e direitos humanos. Porto Alegre: EDPUC-RS, 2003.
KOLM, S.C. Teorias Modernas da Justiça. Tradução Jefferson Luis Camargo e Luis Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
MARX, K. A questão judaica. Tradução Silvio Donizete Chagas. São Paulo: Centauro, 2002.
NAGEL, T. Otras Mentes. Ensayos críticos (1969-1994). Tradução Sandra Girón. Barcelona: Gedisa, 2000.
NOZICK, R. Anarquia, Estado e Utopia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
RAWLS, J. Justiça e democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
________. O liberalismo político. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. Tradução Eduardo Brandão. São Paulo: Penguin, 2011.
SOROMENHO-MARQUES, V. História e Política no pensamento de Kant. Sintra: Europa-América, 1994.
STUART MILL, J. A liberdade. Utilitarismo. Tradução Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
WEIL, E. Hegel e o Estado. São Paulo: Érealizações, 2011.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Política de Direito Autoral para os itens publicados pela Revista:
1.Esta revista é regida por uma Licença da Creative Commons aplicada a revistas eletrônicas. Esta licença pode ser lida no link a seguir: Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
2.Consonante a essa politica, a revista declara que os autores são os detentores do copyright de seus artigos sem restrição, e podem depositar o pós-print de seus artigos em qualquer repositório ou site.
Política de Direito de Uso dos Metadados para informações contidas nos itens do repositório
1. Qualquer pessoa e/ou empresa pode acessar os metadados dos itens publicados gratuitamente e a qulquer tempo.
2.Os metadados podem ser usados sem licença prévia em qualquer meio, mesmo comercialmente, desde que seja oferecido um link para o OAI Identifier ou para o artigo que ele desceve, sob os termos da licença CC BY aplicada à revista.
Os autores que têm seus trabalhos publicados concordam que com todas as declarações e normas da Revista e assumem inteira responsabilidade pelas informações prestadas e ideias veiculadas em seus artigos, em conformidade com a Política de Boas Práticas da Revista.