Técnica e Ética em Jürgen Habermas: a recusa das práticas de intervenções eugênicas e suas implicações para a fundamentação da ética discursiva
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.34031Palavras-chave:
Ética discursiva, Formalismo, Eugenia, Ação instrumental, Ação comunicativaResumo
O artigo apresenta brevemente as possíveis implicações da recusa da clonagem, do DGPI e da eugenia liberal para o formalismo da ética discursiva, pois tal recusa poderia sugerir a eleição de um modo de vida privilegiado, (uma vida humana baseada na “inteireza do patrimônio genético”). Apresentamos os elementos do formalismo ético de Habermas e os argumentos centrais de sua crítica às intervenções eugênicas. Sugerimos que a defesa habermasiana da manutenção da indisponibilidade do patrimônio genético (por seu papel na autocompreensão ética do humano como ser livre e autônomo) situa essa matéria da filosofia moral na tensão entre a ação comunicativa, no qual o debate deveria ter sede, e a ação instrumental, que ameaça monopolizar as decisões sobre o tema.Downloads
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