Kant contra Habermas: guerra e paz no pensamento cosmopolita

Autores

  • Aylton Barbieri Durão Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.38341

Palavras-chave:

Habermas, Kant, cosmopolitismo, paz, guerra

Resumo

Em seu artigo de 1995, comemorativo dos 200 anos da obra Rumo à paz perpétua de Kant, Habermas fez uma série de críticas tanto normativas como históricas acerca do cosmopolitismo kantiano. A primeira delas assinala o caráter negativo do conceito de paz: (1) porque, como pensador do século XVIII, Kant desconhecia o sentido da guerra total e; (2) não considerava as mudanças necessárias nas condições econômicas, sociais e culturais necessárias para fomentar a paz. Contudo, o projeto kantiano de paz apresenta um sentido positivo na medida em que a paz depende de reformas políticas que propiciem o desenvolvimento da constituição republicana, ao mesmo tempo em que uma tensão irremediável entre guerra e paz possibilita uma aproximação constante à paz perpétua e exige um espírito de liberdade negativa tanto religiosa como econômica.

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Biografia do Autor

Aylton Barbieri Durão, Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina

Professor associado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutor em filosofia pela Universidad de Valladolid (2003)/Espanha. Áreas de interesse: filosofia política e filosofia do direito, principalmente nos temas relacionados à razão prática em Kant e Habermas e sobre o republicanismo.

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Arquivos adicionais

Publicado

2018-04-24

Como Citar

Durão, A. B. (2018). Kant contra Habermas: guerra e paz no pensamento cosmopolita. Aufklärung: Journal of Philosophy, 5(1), p.39–52. https://doi.org/10.18012/arf.2016.38341