Kant contra Habermas: guerra e paz no pensamento cosmopolita
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.38341Palavras-chave:
Habermas, Kant, cosmopolitismo, paz, guerraResumo
Em seu artigo de 1995, comemorativo dos 200 anos da obra Rumo à paz perpétua de Kant, Habermas fez uma série de críticas tanto normativas como históricas acerca do cosmopolitismo kantiano. A primeira delas assinala o caráter negativo do conceito de paz: (1) porque, como pensador do século XVIII, Kant desconhecia o sentido da guerra total e; (2) não considerava as mudanças necessárias nas condições econômicas, sociais e culturais necessárias para fomentar a paz. Contudo, o projeto kantiano de paz apresenta um sentido positivo na medida em que a paz depende de reformas políticas que propiciem o desenvolvimento da constituição republicana, ao mesmo tempo em que uma tensão irremediável entre guerra e paz possibilita uma aproximação constante à paz perpétua e exige um espírito de liberdade negativa tanto religiosa como econômica.
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