A antropologia de Rousseau: da ingenuidade natural à corrupção

Autores

  • Paulo Sérgio Cruz Barbosa Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.38895

Palavras-chave:

Antropologia, Estado de Natureza, Evolução, Corrupção, Desigualdade

Resumo

O presente artigo trata de um estudo sobre a antropologia de Rousseau. A pesquisa propõe uma leitura que parte da ingenuidade natural à corrupção. Objetiva-se apresentar o processo de evolução do homem desde a concepção de estado de natureza até o estado de desigualdade, articulando as ideias da primeira com as da segunda parte do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1755). Será feita uma ligação das teses que se conectam ao estudo sobre o percurso do progresso e suas consequências; uma leitura da decrepitude da essência ingênua do homem no percurso da evolução do pensamento, efetivando-se na realidade das desigualdades. Com isso, procura-se enfatizar a importância de Rousseau para a compreensão do homem em diferentes aspectos, desde a gênese da evolução até a complexidade social.

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Biografia do Autor

Paulo Sérgio Cruz Barbosa, Universidade Federal do Ceará - UFC

Mestre em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará – UECE. Professor de Filosofia e Sociologia da rede particular de ensino em Fortaleza - CE. Membro do Grupo de Estudos Rousseau da Universidade Federal do Ceará - UFC. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9243062912712965 E-mail: psfilosofia@gmail.com

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Arquivos adicionais

Publicado

2019-07-10

Como Citar

Barbosa, P. S. C. (2019). A antropologia de Rousseau: da ingenuidade natural à corrupção. Aufklärung: Revista De Filosofia, 6(1), p.133–142. https://doi.org/10.18012/arf.2016.38895