Pressupostos teórico-metodológicos da análise arqueológica do discurso – AAD: Escavando a Arqueologia do Saber
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v11i3.69869Palavras-chave:
Linguagem, Discurso, Enunciado, Análise Arqueológica do Discurso, Teoria do DiscursoResumo
Ao longo de sua trajetória de vida, as investigações foucaultianas foram sendo marcadas por interesses distintos e, por isso, desenrolaram-se em várias direções. Estudiosos (Machado, 2009; Aquino, 2013, Veiga-Neto, 2014) apontam três fases nesse percurso: a arqueológica, centrada no saber; a genealógica, interessada pelo poder; e a ética, voltada para a constituição do sujeito. Ocupando-nos com a primeira fase, esse artigo registra uma série de pressupostos teórico-metodológicos da Análise Arqueológica do Discurso – AAD. Os achados encontrados e anotados nesse artigo, resultam de um processo de escavação do livro A arqueologia do Saber (2008), no qual Michael Foucault esboçou o modus operandi que utilizou no tratamento do objeto-discurso, de distintas modalidades discursivas, a exemplo da loucura, da sexualidade e do discurso médico, em suas pesquisas de juventude. A linguagem como terreno de escavação do discurso, a zona arqueológica do discurso, a positividade do discurso (existência, objetividade, exterioridade e produtividade), o discurso como enunciado e os constituintes enunciativos do discurso (referencialidade, posição de sujeito, campos associados e materialidade) figuram no elenco de achados anotados. Com efeito, tais achados assinalam alguns dos pressupostos que fundamentaram e orientaram suas investigações, delineando, assim, as fronteiras teórico-metodológicas da AAD e os traços da especificidade de sua abordagem sobre o discurso
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Referências
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