Palavras à Margem: Narrativas de (e sobre) uma Mulher Encarcerada

Autores

  • Ludmila Gaudad S. Carneiro Doutoranda da Universidade de Brasília/Brasil e Investigadora Visitante del Programa Universitario de Estudios de Género de la Universidad Nacional Autónoma de México/México.

Palavras-chave:

Relações Generizadas, Trajetória de Vida, Sistema Penal.

Resumo

A trajetória de vida de um indivíduo é alicerçada em relações generizadas que o constituem como mulher ou homem. A cada uma destas duas categorias culturalmente construídas são remetidas uma série de características que estruturam o que é normal ou desviante para o comportamento de cada uma delas. Por meio da história de Maria, o caso que enfocamos, é possível reconstruir uma trajetória de vida calcada em relações generizadas que a instituíram prioritariamente como mulher, depois como mãe e, por fim, como vítima. Para fugir da vitimização, essa subverteu características tidas como normais para mulheres, assumindo um suposto desvio ao aproximar-se do comportamento tido como normal para homens: agente da violência. Julgada pelo Sistema Penal, Maria respondeu à Justiça e à sociedade não só por tentar cometer um assassinato, mas principalmente por não se comportar conforme a expectativa social para uma mulher.

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Publicado

2014-08-04

Como Citar

CARNEIRO, L. G. S. Palavras à Margem: Narrativas de (e sobre) uma Mulher Encarcerada. Revista Ártemis, [S. l.], v. 17, n. 1, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/16783. Acesso em: 21 dez. 2024.