O corpo no poema e o poema e seu corpo na literatura de autoria feminina: um exemplo em Cecilia Meireles

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2019v27n1.41206

Resumo

A poesia de Cecília Meireles foi considerada pela crítica tradicional uma poesia sem corpo, etérea e alienada das relações sociais e políticas, isto é, sem a presença do eu e alheia ao presente. Contudo, a análise de algumas obras e poemas de Meireles, tendo em vista a busca tanto do seu corpo autoral quanto do feminino, revelam uma poesia tecida com gestos e sons transfigurados em natureza. Ao mesmo tempo, a chamada eteriedade da poeta carioca esconde um corpo fluido, o qual as vezes precisa ser negado para se fazer presente e existente, enquanto sua tessitura poética será uma forma de resistência ao patriarcado que monopolizou a palavra escrita e falada, deixando para a mulher o silêncio como habitação. Neste artigo, a tessitura do corpo no tecido do texto será mostrada na poesia de Cecília Meireles como forma de resistência e existência significativa do que é ser mulher e poeta.

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Biografia do Autor

Adrienne Kátia Savazoni Morelato, UNESP Araraquara

Doutora em Estudos Literários pela Unesp, Professora de Língua Portuguesa da Rede Estadual de São Paulo, poeta e escritora e ganhadora do 7 Prêmio Construindo Igualdades de Gênero da ONU Mulher, CNPq e Ministério das Mulheres.

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Publicado

2019-07-11

Como Citar

MORELATO, A. K. S. O corpo no poema e o poema e seu corpo na literatura de autoria feminina: um exemplo em Cecilia Meireles. Revista Ártemis, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 406–422, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2019v27n1.41206. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/41206. Acesso em: 21 nov. 2024.