As mulheres jovens na luta pela cidade: uma análise de ocupações secundaristas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2020v30n1.55706

Palavras-chave:

Direito à cidade, Feminismo, Mulheres jovens, ocupações secundaristas

Resumo

A teoria tradicional sobre o direito à cidade resultou em uma ausência de debate sobre mulheres e gênero quanto ao uso e pertença ao espaço urbano, apagando as diferentes formas de vivenciar a cidade entre homens e mulheres. A partir dessa lacuna debatemos o direito à cidade numa perspectiva feminista e interseccional, argumentando sobre as diferentes experiências de mulheres nos espaços urbanos a partir de raça, classe e geração. Depois, pensando em atos públicos do movimento feminista, como a Marcha das Vadias, discutimos os diferentes posicionamentos e formas de ação política dentro do feminismo a partir de marcadores sociais de diferença, tomando como ponto central a questão geracional. Com isso nos perguntamos como as mulheres jovens lutam nas e pelas cidades? Para responder essa questão fazemos uma análise de entrevistas com mulheres jovens que participaram do movimento de ocupações secundaristas de 2015 e 2016, discutindo seu protagonismo no movimento, além de outras questões como os processos de subjetivação desencadeados na luta pelas cidades.

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Biografia do Autor

Hugo Oliveira, Universidade Federal de Goiás

Graduado em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente sou aluno do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFG, nível mestrado. Tenho me interessado por temas relacionados a teoria decolonial e pós-colonial, estudos de gênero e raça, interseccionalidade, epistemologia, saberes subalternizados, sociologia do conhecimento, da educação e suas instituiçõeses na América Latina.

Lorena de Oliveira, Universidade Federal de Goiás

Bacharela em Direito pela Universidade Federal de Goiás. Participou do Coletivo Feminista Pagu, grupo fundado na Faculdade de Direito da UFG, por um ano. Atuou por um semestre no Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da Faculdade de Direito da UFG (grupo de extensão bolsista do Projeto de Bolsas de Extensão e Cultura - PROBEC - 2016/2017). Realizou monitoria na disciplina de Direito Internacional em 2018/2. Concluiu o curso de Inglês e Francês pelo Centro de Línguas da UFG. Atualmente é aluna da pós-graduação em Ciências Criminais da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e mestranda pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da UFG. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Dialogus - Estudos Interdisciplinares em Gênero, Trabalho e Cultura (UFACAT) e Grupo Direito e Sexualidade (UFBA)

Eliane Gonçalves, Universidade Federal de Goiás

Sou doutora em Ciências Sociais (Unicamp, 2007), Professora Associada II de Sociologia, atuando na graduação e pós-graduação na Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás. Fui coordenadora do Programa de Pós-graduação em Sociologia (2017-2019), programa no qual atuo desde 2010, vinculada à linha de pesquisa Desigualdades, Diferenças e Violências. Também faço parte da equipe do SER-TÃO - Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gênero e Sexualidade desde sua criação em 2006. Fui editora da área de Sociologia na Revista Sociedade e Cultura (ISSN 1980-8194) no período de 2013-2017. Fui pesquisadora visitante na Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard Center for Population and Development Studies,1998 - 1999), desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre os parâmetros curriculares nacionais (PCNs) e o ensino de gênero e sexualidade no Brasil. Sou co-fundadora e colaboradora permanente de uma organização feminista, o Grupo Transas do Corpo desde 1987 em Goiânia, Goiás. Desenvolvo, prioritariamente, atividades de pesquisa, ensino e extensão nos seguintes temas: modos de vida; teoria social feminista e suas metodologias; gênero e conexões com outras categorias da diferença; sexualidades.

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Publicado

2020-12-22

Como Citar

OLIVEIRA, H.; DE OLIVEIRA, L.; GONÇALVES, E. . As mulheres jovens na luta pela cidade: uma análise de ocupações secundaristas. Revista Ártemis, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 97–115, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2020v30n1.55706. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/55706. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Mulheres e Cidades