Espaços diminutos e dinâmicas entre mulheres: a resistência feminina na narrativa “Solitária”, de Eliana Alves Cruz
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13356157Palavras-chave:
Eliana Alves Cruz, Crítica literária decolonial, Decolonialidade, Resistência feminina, EmpoderamentoResumo
Vivendo numa realidade em que sua potencial revolta interna poderia acarretar na perda das relações de trabalho e de seu sustento, d. Eunice e Mabel, mãe e filha, personagens principais da narrativa Solitária, de Eliana Alves Cruz (2022), desenvolvem meios de resistência em espaços minúsculos a elas delegados. Partindo disso, o presente artigo tem como objetivo analisar a narrativa através dos caminhos que levam d. Eunice, empregada doméstica em um condomínio de luxo, aos movimentos de resistência e de ruptura. Na mesma direção, intenciona-se trazer à tona os movimentos de Mabel, contemplando as relações femininas existentes na obra e o modo como suas atitudes convergem em direção à subversão dos espaços diminutos e das relações de poder. Para a análise desse romance contemporâneo que convida o/a leitor/a a uma perspectiva decolonial, abordaremos perspectivas teóricas para uma crítica literária sob o mesmo viés, a comunhão feminina e o empoderamento como um componente da resistência (Lugones, 2020; Castro, 2020; Vergès, 2019; Nascimento, 2019; Berth, 2019).