Tecendo resistências: o corpo travesti contra o “CIStema” colonial de gênero em “A noite não vai permitir que amanheça”, de Camila Sosa Villada

Autores

  • Maria Helena Lustosa Fernandes
  • Amanda Ramalho de Freitas Brito

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1887-8214.2024v37n1.71001

Resumo

O presente trabalho visa realizar uma leitura sobre a vivência de um corpo travesti resistente às normas do “CIStema” colonial de gênero no conto “A noite não vai permitir que amanheça”, presente na obra Sou uma tola por te querer (2022), da autora argentina Camila Sosa Villada. A narrativa retrata aspectos da vida de uma travesti parda, que tem como meio de sobrevivência a prostituição, na cidade de Córdoba, na Argentina, e traz aspectos de sua vivência em uma noite de trabalho, onde aparecem quatro rapazes ricos e jovens e a levam para uma casa em um condomínio fechado. Nesse espaço, são apresentadas várias situações nas quais se podem perceber questões de gênero, classe e raça. A partir disso, pretende-se contribuir com a relação da existência e resistência do corpo travesti e arte literária, dentro de uma perspectiva que almeja reconhecer as experiências das feminidades e mulheridades. Para tanto, nos baseamos no conceito de Transfeminismo, de Letícia Nascimento (2021), e na representação do corpo para Berenice Bento (2017). Dentro desses aspectos, no conto de Villada, podemos refletir acerca da falta de reconhecimento da sociedade em relação às mulheres travestis, estas que, muitas vezes, têm o status de humanidade negado, pois não é levada em consideração a pluralidade que abarca as mulheridades e feminilidades.

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Publicado

2024-08-03

Como Citar

LUSTOSA FERNANDES, M. H.; RAMALHO DE FREITAS BRITO, A. Tecendo resistências: o corpo travesti contra o “CIStema” colonial de gênero em “A noite não vai permitir que amanheça”, de Camila Sosa Villada. Revista Ártemis, [S. l.], v. 37, n. 1, p. 35–47, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.1887-8214.2024v37n1.71001. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/71001. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Literatura, feminismos e decolonialidades