A adoção de tecnologias digitais na reconstrução do Patrimônio: relato da experiência do Museu Nacional, Brasil

Autores

  • Fernanda Miranda de Vasconcellos Motta Escola de Ciência da Informação. Universidade Federal de Minas Gerais. Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do Conhecimento PPG-GOC. http://orcid.org/0000-0001-8666-8906
  • Ronaldo André Rodrigues da Silva Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais http://orcid.org/0000-0002-0656-8671

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1809-4783.2020v30n2.52260

Resumo

Em situações nas quais construções históricas e acervos são danificados, as tecnologias digitais podem ser úteis no processo de reconstrução desse patrimônio. O engajamento dos públicos, em plataformas colaborativas, os processos de restauração digital de acervos, assim como a criação de experiências virtuais de museu, são possibilidades que se apresentam. A partir de tal perspectiva, este artigo é a continuidade de um estudo apresentado no IV ISKO Portugal-Espanha, em 2019, avançando na análise de estratégias digitais aplicadas ao patrimônio do Museu Nacional, pós-desastre. Leva-se em consideração que parte expressiva do acervo do museu, com cerca de 20 milhões de itens, foi afetada por um incêndio, ocorrido em setembro de 2018. Como metodologia, é adotada uma abordagem qualitativa de pesquisa, e o método do estudo de caso, envolvendo técnicas de observação não-participante, pesquisa bibliográfica e documental. São abordadas estratégias digitais que mobilizam os públicos em atividades de reconstrução de acervo, discutindo-se questões relacionadas à autoridade e curadoria informacional. Em relação às estratégias de reconstituição e restauração do acervo, é considerado um processo inovador de criação de réplicas digitais, que incorpora vestígios materiais dos artefatos resgatados. Estudam-se, também, estratégias expositivas virtuais como possibilidades de criação de experiências singulares de museu. Infere-se, portanto, que o processo de reconstrução do Museu Nacional envolve trocas com agentes e recursos do macroambiente. Considera-se, também, a dimensão temporal de mudança e variabilidade do patrimônio que integra a ele práticas discursivas e contextuais diversas, com o suporte das tecnologias digitais.

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Biografia do Autor

Fernanda Miranda de Vasconcellos Motta, Escola de Ciência da Informação. Universidade Federal de Minas Gerais. Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do Conhecimento PPG-GOC.

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do Conhecimento - PPG-GOC, da Escola de Ci`ência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Administração pelo CEPEAD, Universidade Federal de Minas Gerais.

Ronaldo André Rodrigues da Silva, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Doutor em História e Patrimônio pela Universidade do Minho, Portugal. Professor adjunto na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Publicado

2020-06-27

Como Citar

Motta, F. M. de V., & Silva, R. A. R. da. (2020). A adoção de tecnologias digitais na reconstrução do Patrimônio: relato da experiência do Museu Nacional, Brasil. Informação &Amp; Sociedade, 30(2). https://doi.org/10.22478/ufpb.1809-4783.2020v30n2.52260

Edição

Seção

Relatos de Experiência