Searle e Dennett: duas perspectivas de estudo da mente

Autores

  • José Atílio Pires da Silveira UNIOESTE

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v4i2.16753

Palavras-chave:

John Searle, Daniel Dennett, Intencionalidade, Inteligência Artificial

Resumo

Este artigo tem por objetivo refletir sobre os diferentes métodos de estudo da mente e sua relação com a Filosofia. Apresentamos duas perspectivas de estudo da mente que tratam da possibilidade de obtenção de inteligência artificial suscitadas pela apresentação do jogo da imitação e do projeto da Inteligência Artificial por Alan Turing. A proposição turingeana de constatação e expectativa de reconhecimento da inteligência contida no projeto da Inteligência Artificial é criticada por John Searle com o argumento do quarto chinês, cujo objetivo é provar que a competência na operação com símbolos não significa necessariamente um agir inteligente. Daniel Dennett defende o projeto de Turing ao afirmar que não é possível um estudo rigoroso da mente sem a observação e a aceitação da concepção de que o agir inteligente consiste essencialmente na capacidade de processar informação. Essas diferenças são de natureza filosófica, pois elas partem de idéias distintas quanto à constituição do objeto de estudo em questão, a mente. Enquanto para um a mente compreende uma estrutura constituída de dois níveis, fisiológico e fenomenológico; para o outro, ela é constituída de três níveis, sendo o nível de processamento da informação um nível intermediário entre os níveis fisiológico e fenomenológico. O papel da Filosofia da discussão em torno da mente mostra-se necessário, pois a demarcação ontológica do objeto de estudo determina os modos de abordagem do mesmo.

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Biografia do Autor

José Atílio Pires da Silveira, UNIOESTE

Professor Assistente do Curso de Filosofia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Referências

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Publicado

17-11-2013

Edição

Seção

Artigos