ÉTICA DO RECONHECIMENTO REVISITADA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v9i2.41248Palavras-chave:
Violência ética. Crítica à ética normativa. Opacidade do sujeitoResumo
Neste artigo, a ideia de ética do reconhecimento é repensada para tornar possível uma proposta: tal ideia é uma alternativa às violências éticas exercidas pelos discursos morais que se pretendem absolutos e universais, uma vez que esses discursos confiam e se sustentam sobre a racionalidade do sujeito considerado livre e autônomo. Depois de rever brevemente o conceito de sujeito, elaborado principalmente por Kant, o artigo analisa o reconhecimento em Hegel e a crítica à noção de sujeito de Michel Foucault, mas toma como ponto de partida a perspectiva da filósofa norte-americana Judith Butler – inspirada fortemente nas ideias de Adriana Cavarero. Para Butler, a questão do sujeito moral surge quando somos convocados a dizer quem somos, isto é, a descrever a nós mesmos. A originalidade de Butler se dá na medida em que ela reconhece que um discurso nunca é autêntico e o sujeito permanece opaco. Ao invés de ser tratado como problema, é da apreensão desses limites epistemológicos que o reconhecimento se fundamenta. Mas, para que possa ser melhor apresentada como alternativa aos discursos normativos e violentos, a ética do reconhecimento de Butler talvez possa ser complementada com a ideia foucaultiana de ética enquanto crítica.
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Referências
BUTLER, Judith. Giving an Account of Oneself. Nova Iorque: Fordham University Press, 2005.
FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito. Trad. Márcio Alves da Fonseca e Salma Tannus Muchail. São Paulo: WMF-Martins Fontes, 2010.
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