ENSINO DE FILOSOFIA: DIFICULDADES E AVANÇOS NO ENSINO BÁSICO
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v9i3.41664Palavras-chave:
Formação de Professores, Ensino de Filosofia, Relações Sociais, TIC.Resumo
O presente trabalho visa apresentar um panorama sobre as dificuldades enfrentadas no ensino de filosofia. Podemos pensar, nesse sentido, que a formação inicial dos professores de filosofia é fundamental no desdobramento de sua prática, pois, como reflete Cerletti (2009), o professor de filosofia é construído dentro de uma academia e sob o processo de uma vida acadêmica, e é essa formação que, inicialmente, será o motor para a vivência em sala de aula, e não um fantasma a assombrá-lo, se a teoria for divorciada de sua prática, como pontua Ulhôa (1988). Segundo Arendt (2016), a passagem das novas gerações pelas salas de aula não lhes possibilita fazerem parte, no futuro, de um espaço público compartilhado por outras pessoas que interagem através de relações harmoniosas. Consideramos ser oportuno pensar a construção de um ambiente favorável ao ensino filosófico, através da busca pela experiência da alteridade, por meio do conceito de Empatia proposto por Edith Stein (1964), e como consequência deste movimento em direção à experiência do Outro, possibilitar um ensino filosófico que motive os estudantes com o entusiasmo da vivência filosófica. Propomos também, neste artigo, pensar sobre os avanços no ensino de filosofa, à luz do uso das novas tecnologias de informação e comunicação. Visto que, no contexto das relações sociais modernas, a internet é, ou se torna, uma importante ferramenta na construção dessas novas vivências.Downloads
Referências
AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de e OZELLA, Sergio. Apreensão dos sentidos:aprimorando a proposta dos núcleos de significação. Rev. Bras. Estud. Pedagog.[online]. 2013, vol.94, n.236, pp.299-322. ISSN 2176-6681. http://dx.doi.org/10.1590/S2176-66812013000100015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbeped/v94n236/15.pdf> acesso em: 14 de junho de 2017.
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Tradução de Mauro W. Barbosa. 8ª edição. São Paulo: Ed. Perspectiva S.A, 2016.
______. Reflexões sobre Little Rock. In: Responsabilidade e julgamento. Tradução de Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras. 2004.
BARROS, D.M.V.; HENRIQUES, S. Introdução. In: BARROS, D.M.V.et al. (Org). Educação e tecnologias: reflexão, inovação e práticas. Intaead: Lisboa, 2011.
BELLUZZO, R. C. B.; FERRES, G.G. Tecnologias e a formação de leitores: desafios na sociedade contemporânea. Intaead: Lisboa, 2011.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03?leis?19394.htm>. Acesso em: 16 dez. 2015.
CARVALHO, José Sergio Fonseca de. A crise na educação como crise da modernidade. In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, 2007.
CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
CERLETTI, Alejandro. O ensino de Filosofia como problema filosófico [tradução Ingrid Muller Xavier]. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
CORREIA, Adriano. O pensamento pode evitar o mal? In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, 2007.
COLÉGIO JOANA D’ARC. Edmodo, a rede social da educação. Disponível em: http://www.colegiojoanadarc.com.br/edmodo. Acesso em junho de 2017.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. Alberto Alonso Munoz. Rio de Janeiro: 2007. Coleção Trans.
ESTEVE, José M. Mudanças Sociais e Função Docente. In: NÓVOA, António. Profissão Professor. Porto Editora, toda, 1999.
FRANCISCO, Maria de Fátima Simões. Preservar e renovar o mundo. In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, 2007.
RAMOS, Fábio Pestana. História, narrativa e linguagens: uma filosofia da história. Para entender a história. 2010: disponível em: <http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2010/09/historia-narrativa-e-linguagens-uma.html> Acesso em: jul. 2017.
GELAMO, R.P. O ensino da filosofia no limiar da contemporaneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de Filosofia? São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009).
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2010.
GHIRALDELLI JUNIOR, P. História essencial da filosofia. São Paulo: Universo dos Livros, 2009, v. 2.
GOULÃO, M. DE F. Ensinar a aprender na sociedade do conhecimento: o que significa ser professor? Intaead: Lisboa, 2011.
HUSSERL, Edmund. Europa Crise e Renovação: Artigos para a revista Kaizo – A crise da humanidade europeia e a filosofia. Tradução por Pedro M. S. Alves e Carlos Aurélio Morujão. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2014.
HUSSERL, E. Ideias para uma Fenomenologia Pura e para uma Filosofia Fenomenológica. Tradução por Márcio Suzuki. Aparecida, SP: Ideias e Letras, 2006.
JANZ, B. A filosofia como se o lugar importasse: a situação da filosofia africana. In: CAREL, H.; GAMEZ, D. Filosofia contemporânea em ação. Porto Alegre: Artmed, 2004. p.105-116.
KANT, Imnanuel. Resposta à pergunta: Que é o esclarecimento? In:Textos Seletos. Tradução de Floriano de Souza Fernandes. 4. Ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
KANT, Imnanuel (1724 – 1804), Sobre a pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontanella. 2ª ed. Piracicaba: Editora Unimep, 1999.
KANT, Immanuel. Textos seletos. Tradução de Raimundo Vier e Floriano de Sousa Fernandes. 2ª Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1985.
KOLB, A.; ESTERBAUER, R.; RUCKENBAUER, H-W. (org.) Ciberética: responsabilidade em um mundo interligado pela rede digital. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
KUSANO, M. B. A Antropologia de Edith Stein: Entre Deus e a Filosofia. 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. 2009.
LÉVY, P. Filosofia World: o mercado, o ciberespaço, a consciência. Tradução de Maria Lúcia Homem e Ronaldo Entler. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.
LEMGRUBER, M.S.; TORRES, L.T. O blog como ambiente de reflexão filosófica na escola: a nova ágora virtual. In: SIMPÓSIO HIPERTEXTOS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO, 2010, Recife. Anais... Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2010.
MIRANDA, L.M. et al. Redes sociais na aprendizagem. In: BARROS, D.M. V. et al. Educação e tecnologias: reflexão, inovação e práticas. Intaead: Lisboa, 2011.
MIRIBEL, Elisabeth. Edith Stein: como ouro purificado pelo fogo. 3.ed. Aparecida, SP: Editora Santuário, 2001.
MOREIRA, W. Os colégios virtuais e a nova configuração da comunicação científica. Ciência da Informação, Brasília, v.34, n.1, p. 57-63, jan./abr. 2005.
NORADI, Paulo; SAUGO, Fernando. Esclarecimento, educação e autonomia em Kant. Conjectura, Rio Grande do Sul, v. 16, n.1, jan./abr. 2011. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/892/615>. Acesso em: maio de 2014.
RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Tradução de Lílian do Valle – 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
SBERGA, Adair Aparecida. A formação da pessoa em Edith Stein: um percurso de conhecimento do núcleo interior. São Paulo, Paulus, 2014.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA. Cmap Tools - Mapas Conceituais. Disponível em http://www.diaadia.pr.gov.br/ Acesso em junho de 2017.
SILVA, Cacilda Bonfim e. A implicação ética do conceito de banalidade do mal em Hannah Arendt. In: Anais de Filosofia. São Luís, 2007.
STEIN, Edith. On the Problem of Empathy. Trad. de Waltraut Stein. Washington: ICS Publications, 2002.
TORRES, L. Ágora virtual: novos rumos – primeiro ano do ensino médio. 11 mar. 2011. Disponível em: http://agoravirtual2.blogspot.com.br. Acesso em: outubro de 2014.
ULHÔA, Joel Pimenta de. O professor e sua prática. Educação e Filosofia, Centro de Ciências Humanas e Artes. Volume 12, n. 24, jul/dez 1998.
UNESCO. La filosofia: uma escuela de la libertad. México, D.F.: UniversidadAutónoma Metroplolitana – Unidad Iztapalapa, 2011. Disponível em http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001926/192689s.pdf;<http://www.ofmx./documentos/pdf/Filosofia_unaescueladelalibertad_UNESCO.pdf>. Acesso em março de 2015.
URSUA, n. l. La filosofía em el ciberespacio o el ressurgir del fénix filosófico digital. Um recorrido por el ciberespacio filosófico. Límite, v.1, n.14, p. 215- 237, 2006. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/836/83601410.pdf.> Acesso em: maio de 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).