A FILOSOFIA AFRICANA COMO CAMINHO MULTIEPISTEMOLÓGICO NA ACADEMIA BRANCA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v10i2.49148Palavras-chave:
Epistemicídio, Academia Branca, Filosofia Africana, Universidade Multiepistemológica, Bolha FilosóficaResumo
Este artigo analisa a situação da filosofia africana nos meios acadêmicos e as formas como é tratada. Assim, o objetivo desse estudo é apresentar o espaço universitário brasileiro como expressão do pensamento europeu, etnicamente branco, embora sua comunidade acadêmica seja composta por diferentes etnias. Posteriormente, apresentaremos as consequências dessa ocidentalização na filosofia e seus desdobramentos para as diversas formas de produção de conhecimento que são silenciadas pelas mentes colonizadas. Por último, abordaremos as formas de resistência e disputas teóricas para efetivar as práticas de diferentes concepções filosóficas, que na academia branca são invizibilizadas. Como resultado, esta pesquisa aponta que apesar do epistemicídio silencioso na Universidade, existem diferentes maneiras de se inserir nos processos de emancipação e difusão de outras epistemologias. Nesse sentido, concluímos que é necessário transformar os Currículos para que a Universidade seja multiepistemológica, com diferentes abordagens filosóficas, para além da academia branca.
Downloads
Referências
ARISTÓTELES. Política. Tradução de António C. Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Vega, 1998.
DIOP. Cheikh Anta. The African Origin of Civilization: mith or reality? Westport, Ed Lawrence Hill, 1974.
MACHADO, Adilbênia Freire. Filosofia Africana para Descolonizar Olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais. Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia, Canoas, v.3, n.1, 2014. Disponívem em https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1854 . Acesso em 13 de agosto de 2018.
CARREIRA, José Nunes de. Filosofia Antes dos Gregos. Lisboa: Publicações Europa-América, 1995.
JAMES, George G. M. Stolen Legacy: The Greeks Were Not the Authors of Greek Philosophy, but the People of North Africa, Commonly Called the Egyptians. 1954 - New York: Philosophical Library.
MEMMI, Albert. Retrato do Colonizado Precedido de Retrato do Colonizador. Tradução de Marcelo Jacques de Moraes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
HOBBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
HUME, David. Ensaios Morais, Políticos e Literários. Tradução de Luciano Trigo. Rio de Janeiro: Topbooks, 2004.
KANT, Immanuel. Observações Sobre o Sentimento do Belo e do Sublime, Campinas, Ed. Papirus, 1993.
OBENGA, Théophile. Egito: história antiga da filosofia africana. Disponível em https://filosofia- africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/obengat._egito_hist%C3%B3ria_antiga_da_filosofia_africana_2004.pdf Acesso em 11/03 /2018.
PLATÃO. A República. Tradução de Enrico Corvisieri. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997.
TOWA, Marcien. A ideia de uma filosofia negro-africana. Tradução de Roberto Jardim da Silva. Belo Horizonte: Nandyala: NEAB-UFPR, 2015
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).