OS PRESSUPOSTOS SÓCIO-ONTOLÓGICOS DA TEORIA CRÍTICA:
UM EXERCÍCIO DE AUTORREFLEXÃO
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v10i4.49655Palavras-chave:
Teoria Crítica, Ontologia social, Autorreflexividade, Crítica imanenteResumo
Neste artigo, procuramos defender a ideia de que o campo da ontologia social pode e deve interessar ao campo da teoria crítica. Para tanto, ressaltamos que uma teoria social que se pretende autorreflexiva não pode deixar de refletir sobre seus próprios pressupostos sócio-ontológicos. Sendo assim, num primeiro momento, procuraremos mostrar como a teoria crítica precisa pressupor uma ontologia social processual, na medida em que precisa encarar a mudança social como algo ontologicamente consistente. Num segundo momento, mostraremos que ela precisa igualmente lidar com pressupostos ontológicos substancialistas para compreender os obstáculos à emancipação. Por fim, sublinharemos os desafios que se colocam à compatibilização desta dupla perspectiva.
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