STRAUSS E O ARGUMENTO DA ANTÍTESE MORAL CONTRA O CIENTIFICISMO NA FILOSOFIA DE HOBBES
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v12i1.56665Palavras-chave:
Hobbes, Vaidade, Filosofia civil, Mecanicismo, MedoResumo
O objetivo desse artigo consiste em fornecer uma crítica às pretensões de Strauss em determinar um fundamento moral à filosofia civil de Hobbes. Trata-se, portanto, de discutir as determinações do comportamento dos homens derivado de uma tendência natural a eles imposta. Desse modo, expõe-se a viabilidade do vínculo entre a filosofia natural e a filosofia civil para determinar o comprometimento de Hobbes aos termos do mecanicismo da sua época. Desse modo, inviabiliza-se o argumento de Strauss segundo o qual o princípio da autopreservação baseia-se em uma antítese moral ocasionada entre a vaidade e o fundamentalmente justo medo da morte violenta.
Downloads
Referências
BALDIN, G. Hobbes e Galileo: metodo, materia e scienza del moto. Firenze: Leo S. Olschki Editore, 2017.
BATES, S. The motivation to be just. Ethics, v. 85, n. 1, p. 1-17, 1974.
BERNS, W. Judicial review and the rights and laws of nature. The Supreme CourtReview, v. 1982, p. 49-83, 1982.
BLITS, J. H. Hobbesian fear. Political Theory, v. 17, n. 3, p. 417-431, 1989.
BRANDT, F. Thomas Hobbes’ mechanical conception of nature. London: Hachette, 1928.
FRATESCHI, Y. A física da política: Hobbes contra Aristóteles. Campinas: Editora da Unicamp, 2008.
GREENLEAF, W. H. Hobbes: o problema da interpretação. In: QUIRINO, C. G.; SOUZA, M. T. S. (org.). O pensamento político clássico. São Paulo: T. A. Queiroz, 1980.
HOBBES, T. De corpore. In: The English works of Thomas Hobbes of Malmensbury. Now first collected and edited by Sir Willian Molesworth. London (1839-1845). Reprint Aelen: Scientia, 1966.
_______________. Leviathan, or the matter, forme and power of a Commonwealth ecclesiasticall and civil. Ed. C. B. Macpherson. Harmondsworth: Penguin Books, 1968.
_______________. Do cidadão. Elementos filosóficos a respeito do cidadão. Tradução de Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2002a.
_______________. Elementos da lei natural e política. Tradução de Fernando Dias Andrade. São Paulo: Ícone, 2002b.
KAVKA, G. S. Hobbes’s war of all against all. Ethics, v. 93, n. 2, p. 291-310, 1983.
KIDDER, J. Hobbes’s “just man”. Reason Papers, n. 8, p. 1-15, Summer 1982.
LEIVAS, C. A paixão política do medo na concepção de Hobbes. Dissertatio, v. 33, p. 341-353, Inverno 2011.
PACCHI, A. Hobbes and the passions. Topoi, v. 6, n. 2, p. 111-9, 1987.
POGREBINSCHI, T. O problema da obediência em Thomas Hobbes. Bauru: EDUSC, 2003.
SKINNER, Q. Razão e retórica na filosofia de Hobbes. São Paulo: UNESP, 1999.
SORELL, T. Hobbes’s scheme of the sciences. In: SORELL, Tom (ed.). The Cambridge Companion to Hobbes. Cambridge: University Press, 1996. p. 45-61.
SPRAGENS, T. A. The politics of motion: the world of Thomas Hobbes. Lexington: University Press of Kentucky, 1973.
STAUFFER, D. Strauss’s discussion of Hobbes in “What is political philosophy?”. Perspectives on Political Science, v. 39, n. 2, p. 87-91, 2010.
STRAUSS, L. A filosofia política de Hobbes: suas bases e sua gênese. São Paulo: É realizações, 2016.
TOTO, F. Individuo, potere e relazione in Thomas Hobbes. La Società Degli Individui, v. 19, n. 55, p. 143-158, 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Mattos Mattos da Silva
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).