NARRATIVAS E SILÊNCIOS:
ELEMENTOS PARA UMA CONSTITUIÇÃO CORPORAL DE INTENSIDADES
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v15i2.69551Palavras-chave:
corpo de intensidades, narrativas, contemplação, corpo sem órgãosResumo
A sociedade de informação é definida por uma pobre relação de troca em simbolismos. Os significantes da informação tendem a estimular a produção de um sujeito corporificado sujeitado às demandas neoliberais de produção e consumo. As tecnologias geram uma sensação de liberdade, cuja rede de informações homogeniza nossa exposição ao social, nos nivela e aplaina, dessingularizando sujeitos em uma exposição voluntária que se transforma em uma ilusão de liberdade. Tal é a condição que nos governa nas estratégias de poder neoliberal. A visão de corpo biomédica acompanha essa perspectiva. O artigo propõe uma linha de fuga através do estímulo a uma postura de ruptura do tempo, à contemplação e ao silêncio como estratégias para a criação de corporeidades intensivas alicerçadas nas narrativas do sujeito a partir de sua auto observação, na qual o Corpo sem Órgãos se apresenta como alternativa filosófica que sustente uma constituição corporal de intensidades.
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