BUSTER KEATON E WITTGENSTEIN:

UMA AULA SOBRE OS JOGOS DE LINGUAGEM ATRAVÉS DO FILME "A GENERAL" (1927)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v15i3.70007

Palavras-chave:

Cinema e Educação, Ensino de Filosofia, Jogos de Linguagem.

Resumo

O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein é um dos maiores expoentes das reflexões sobre Filosofia da Linguagem no século XX. Através do conceito de “jogos de linguagem”, o autor explica a diversidade de formas como as palavras são usadas no cotidiano e que os entendimentos de seus significados dependem dos contextos e práticas sociais em que elas são utilizadas. Contrariando o “atomismo lógico” de Russell, o qual inicialmente era adepto, em sua obra Investigações filosóficas, Wittgenstein (1999) mostrou que a linguagem não se submete aos rigores da Lógica, mas também se apresenta sob outras regras compartilhadas pelo convívio humano, além de que seus significados encontram-se nos diversos usos linguísticos e formas de comunicação. Nesse sentido, o presente artigo pretende elucidar a concepção de “jogos de linguagem” através do filme A General (1927), de Buster Keaton, utilizando essa obra do cinema mudo como recurso didático em aulas de Filosofia para séries do Ensino Médio, principalmente com o objetivo de “ilustrar” que a linguagem não se prende à lógica das palavras, mas também se expressa através de outras formas, de “jogos” capazes de promover a comunicação humana.

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Biografia do Autor

Bruno José Yashinishi, Universidade Estadual de Londrina

Doutorando em Educação pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Bolsista da CAPES. Mestre em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. Especialista em Humanidades pela Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP. Graduado em Filosofia pelo Studium Theologicum Claretiano. Graduado em Sociologia pela Universidade Paulista - UNIP. Graduado em História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP.

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Publicado

29-12-2024

Edição

Seção

Artigos