Os cientistas franceses e o estudo do paranormal: controvérsias e avanços
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2017v14n1.35123Resumo
Este texto pretende mostrar abordagens de alguns cientistas sociais francófonos sobre a discussão de um tema específico, isto é, a questão de saberes e práticas que lidam com fenômenos insólitos, muitas vezes conhecidos também por “paranormais”. Falaremos tanto de como as práticas e discursos sobre os estados alterados de consciência em práticas de transe, mediunidade, vidência vem sendo discutidos em alguns autores nas últimas décadas tentando distingui-los em suas especificidades quanto em suas aproximações. Não procuramos exaurir o tema em um quadro de análise comparativa entre os autores, não obstante, também não nos isentamos em mostrar algumas diferenças metodológicas e filiações teóricas a que estão sujeitos. Se os fenômenos paranormais e os Estados Modificados de Consciência – EMC foram, desde tempos imemoriais, fonte de questionamentos para outros saberes de outras as épocas e outras as disciplinas é, na modernidade secularizante, alvo de suspeitas e rejeição. Somente nas últimas décadas, o esforço de alguns cientistas sociais, historiadores e psicólogos em estudar essa própria rejeição e de começar a construir abordagens que consigam superar as suspeitas sobre as práticas, os discursos e as técnicas ligadas a estes fenômenos. Este artigo aponta exatamente para o esforço de alguns autores que vem nas últimas décadas publicando resultados de pesquisas e elaborando categorias como a de ortoprática e paraciência que visam colocar o mundo dos fenômenos paranormais e dos EMC em modelos não-patologizantes e excludentes, porém baseados em uma contrutivismo.Downloads
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