Breve reflexão acerca da naturalidade cognitiva das crenças religiosas

Autores

  • Thales Maia Silva (UFJF) Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Rondineli Bezerra Mariano (UFJF) Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2019v16n2.44434

Resumo

A contribuição mais notável da Ciência Cognitiva da Religião (CCR) para o estudo do fenômeno religioso é a ideia de sua naturalidade cognitiva. Em poucas palavras, isso significa que as características universais da mente humana impeliriam e restringiriam estímulos culturais de forma a favorecer a formulação de ideias recorrentemente identificadas como religiosas. De acordo com tal composição, “naturalidade” seria, comumente, empregada como um conceito comparativo em formulações padrões do campo, seguindo um caminho contrário ao paradigma comum às abordagens socioculturais e pós-estruturais que dominaram o estudo das religiões durante o século XX. Tal suposição tem, ainda, sido utilizada no fomento de argumentos tão variados como os da liberdade das práticas religiosas, do contínuo papel funcional de sistemas religiosos nas sociedades modernas, além de indagações a respeito da racionalidade das ideias religiosas. Não obstante, ao que nos parece, muitas vezes a noção da “naturalidade”, conforme o aplicado pela CCR, é vaga, confusa e, até mesmo quando cuidadosamente articulada, tende a sofrer de problemas conceituais similares aos encontrados no uso do, cientificamente problemático, conceito de “inato”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thales Maia Silva (UFJF), Universidade Federal de Juiz de Fora

Historiador com especialização em Antropologia pela UFMG. Mestre e Doutorando em Ciência da Religião pela UFJF

Rondineli Bezerra Mariano (UFJF), Universidade Federal de Juiz de Fora

Psicólogo formado pela UFAL. Mestre e Doutorando em Psicologia pela UFJF

Downloads

Publicado

2019-12-31

Como Citar

(UFJF), T. M. S.; (UFJF), R. B. M. Breve reflexão acerca da naturalidade cognitiva das crenças religiosas. Religare, [S. l.], v. 16, n. 2, p. p.735–768, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1982-6605.2019v16n2.44434. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/religare/article/view/44434. Acesso em: 20 dez. 2024.