Espiritualidade, Sensibilidades e Produção do Conhecimento em Tempos de Coronavírus: uma Escrevivência sobre o Sagrado e as Ecopedagogias Decolonias

Autores

  • João Colares da Mota Neto Mota Neto Universidade do Estado do Pará

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2020v17n1.51978

Resumo

Neste artigo, reflito sobre a relação entre espiritualidade, sensibilidades e produção do conhecimento em tempos de pandemia do coronavírus. Construo essas reflexões partindo de uma escrevivência sobre o período de enfrentamento da pandemia, no momento de crescimento exponencial do número de pessoas contaminadas e de mortos na Europa, particularmente na Espanha, por ocasião de um pós-doutoramento, no primeiro semestre de 2020. A escrevivência aborda minha relação com o Sagrado durante a pandemia, especialmente com o universo religioso afroindígena amazônico, entendido como uma prática epistêmica decolonial ou do que estou chamando de ecopedagogias decoloniais. Considero que as sabedorias insurgentes mobilizadas por estas religiões nos levam a repensar não apenas a maneira como produzimos conhecimento, mas também nossa relação com o mundo, com as pessoas, a natureza e o Sagrado, oferecendo elementos para constituição de ecopedagogias decoloniais e modos de sociabilidade baseados no “bem viver”. As ecopedagogias decoloniais mobilizam, também, críticas contundentes à necropolítica levada a cabo pelo mercado e por governos neoliberais em todo o mundo, particularmente na América Latina, com uma política de morte de segmentos da classe trabalhadora e de grupos sociais subalternizados.

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Publicado

2020-09-28

Como Citar

MOTA NETO, J. C. da M. N. Espiritualidade, Sensibilidades e Produção do Conhecimento em Tempos de Coronavírus: uma Escrevivência sobre o Sagrado e as Ecopedagogias Decolonias. Religare, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 41–78, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1982-6605.2020v17n1.51978. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/religare/article/view/51978. Acesso em: 20 dez. 2024.