Narrativas e fábulas transferenciais no setting analítico
alusões cervantinas no Colóquio dos Cachorros
Palabras clave:
Miguel de Cervantes, Psicanálise, TransferênciaResumen
Envolver-se poeticamente e respeitar as capacidades literárias era uma característica de Freud. Inveterado em suas cartas, para amigos seus, que encontrara no percurso de sua vida, mostrou ensejo da construção de uma nova ciência psicológica, posteriormente chamada de psicanálise. Estava, demasiadamente presente a interlocução do novo saber e as produções literárias dos escritores, que tomava como sábios. Nos atendimentos clínicos, das histéricas – principal demanda da época – Freud percebeu uma relação clínica, a partir das narrativas e percepções das fantasias. Para esta relação chamou de transferência, o que vem a ser o motor da análise. Na leitura feita de Miguel de Cervantes, O colóquio dos cachorros, apresenta-se como um esboço semelhante ao vivido pelo analista. Neste sentido, o presente trabalho, busca fazer a interface da literatura de Cervantes e o saber construído por Freud. Para tanto, será utilizado a literatura de Freud (1900, 1908, 1917), Laplance (1992 e 1993).