AS DORES DE NORDESTINAS E SERTANEJAS ESPELHADAS NA CIRANDA DE MULHERES EM NADA DE NOVO SOB O SOL, DE LÚCIA MARTINS
Palabras clave:
Modernismo, Autoria Feminina, Literatura Cearense, Lúcia MartinsResumen
Maria Lúcia Fernandes Martins era a voz feminina do Grupo Clã, o Clube de Literatura e Arte Moderna. Porém, mesmo com seu protagonismo nas letras cearenses, publicando romances como Destinos cruzados (1953), A face marcada (1955) e Nada de novo sob o sol (1967), a escritora sofreu um processo de apagamento, sendo esquecida tanto no meio regional como no nacional. O romance Nada de novo sob o sol traz em sua constituição a voz de uma narradora e protagonista mulher, sertaneja e idosa. Além desse aspecto, nota-se a presença de uma ciranda de personagens femininas que compõem a narrativa da escritora, denunciando a opressão atrelada à condição da mulher, a deslegitimação, a violência sistêmica e o silenciamento feminino, dentre outros temas ligados à realidade da mulher no Nordeste, em especial da mulher sertaneja. Para amparar esta pesquisa bibliográfica, fundamentamo-nos em investigadoras/es basilares como Azevedo (1975), Câmara e Câmara (2015), Câmara, Câmara e Soutullo (2015), Del Priori (2022) e Moraes (2012; 2004), dentre outras e outros. Concluímos que trabalhos como este são impreteríveis para trazer a lume a vida, a obra e a fortuna crítica desta escritora ímpar que foi ostracizada, mas que paulatinamente vem sendo resgatada.
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