Balada de amor ao vento (2003): aspectos da colonização passíveis a investigação na escrita de Paulina Chiziane

Resumo

A colonização no território moçambicano teve início em 1498, instaurando-se a imposição sociocultural, religiosa e a escravização realizada pelos portugueses. O romance contemporâneo Balada de amor ao vento (2003), da escritora moçambicana Paulina Chiziane evidencia, dentre outras temáticas, o universo do colonialismo. Por essa razão, o tomamos como corpus analítico com o objetivo de refletir sobre os aspectos da colonização entre os personagens. A metodologia se configura como interpretativa e qualitativa, tendo como base: Bezerra (2012), Bonini (2016), Dantas (2011), Fanon (1968), Freitas (2010, 2012), Gutiérrez (2014), Lima (2001), Mignolo (2017), Noa (2017), entre outros. Os resultados indicam que a partir da relação entre os personagens, a exemplo de Mwando, nota-se que ele representa o sujeito colonizado, atuando, de certo modo, como um instrumento no processo de opressão, assim como muitos moçambicanos colonizados obrigados a executar as ordens do colono.