A hegemonia da língua inglesa na produção científica: aspectos históricos, políticos e epistemológicos
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2025v21n09.75552Palavras-chave:
Hegemonia linguística. Tradução acadêmica. Inglês científico. Produção do saber. Dominação epistêmica.Resumo
Este artigo examina os fatores históricos, políticos e epistêmicos que contribuíram para a consolidação do inglês como língua dominante na produção científica internacional. A partir de uma abordagem ensaística, fundamentada em pesquisa bibliográfica e documental, discute-se a trajetória das línguas da ciência — do latim ao inglês — e os dispositivos de poder que sustentam a atual hegemonia linguística no campo científico. Analisa-se ainda o impacto desse processo sobre a tradução acadêmica, destacando o papel do tradutor como agente cultural e político diante de normas editoriais anglo-centradas. Argumenta-se que a centralidade do inglês não é neutra nem universal, mas produto de dinâmicas de dominação simbólica que precisam ser criticamente questionadas em nome da diversidade epistêmica e linguística.



