Walter Benjamin: a resistência limitada do habitante da cidade moderna

Autores

  • Edilene Maria Carvalho Leal Universidade Federal de Sergipe
  • Rogerio Proença Leite Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2019.44851

Resumo

Este artigo faz uma incursão analítica sobre o tema benjaminiano cidade moderna e liberdade. Para tanto, discute o fenômeno da despersonalização das relações humanas e do aparecimento do individualismo nas cidades modernas, dominadas pela lógica do capitalismo. As cidades da oferta de mercadorias e do consumo exigem de seus habitantes, de acordo com Benjamin, uma constituição heroica para que não sucumbam ao excesso de estímulos visuais e de choques cotidianos. Por isso, surgiu a figura típica do flanêur, que, movimentando-se pelos espaços sociais, assume a condição contraditória de adaptação e de resistência à objetificação e à alienação da modernidade. Essa possibilidade de resistência e liberdade desentranhada pelo flâneur encontra condições viáveis até mesmo no contexto da tecnificação da cultura, o que chamou de “arte como reprodutibilidade técnica”. 

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Biografia do Autor

Edilene Maria Carvalho Leal, Universidade Federal de Sergipe

Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Sergipe - UFSE. m@ilto: edileneleal@gmail.com

Rogerio Proença Leite, Universidade Federal de Sergipe

Rogerio Proença Leite é professor titular em Sociologia do DCS/PPGS da Universidade Federal de Sergipe e do Mestrado em Preservação do Patrimônio (IPHAN-RJ). Pesquisador do CNPq

Referências

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Arquivos adicionais

Publicado

2019-08-23

Como Citar

Carvalho Leal, E. M., & Leite, R. P. (2019). Walter Benjamin: a resistência limitada do habitante da cidade moderna. Aufklärung: Revista De Filosofia, 6(3), p.41–52. https://doi.org/10.18012/arf.2019.44851