Será o pós-capitalismo contemporâneo um novo situacionismo?
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v7i1.47236Palavras-chave:
Capitalismo; fordismo; pós-capitalismo; pós-fordismo; situacionismoResumo
Aparentemente, é neo-situacionista o movimento pós-capitalista. Com vista à prova desta afirmação, aduz-se, em suma, o que os media dizem ser a «economia de partilha». De facto, os pós-capitalistas propõem uma interpretação das novas tecnologias da informação e da comunicação que lhes permite postular que elas acarretam a possibilidade de organizar a produção de um modo descentralizado, ou seja, sem recurso à hierarquia. Deste ponto de vista, o desenvolvimento da produção colaborativa já não obedece às forças do mercado nem à gestão empresarial. Mas o que parece ser evidente não o é, porque, na sua essência, a base da economia de mercado mantém-se enquanto tal. Efectivamente, o sistema capitalista do nosso tempo, isto é, o pós-fordismo, apropria‑se da chamada «economia de partilha».
Palavras‑chave: Capitalismo, fordismo, pós-capitalismo, pós-fordismo e situacionismo.
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