A ressignificação da cultura a partir da revolução científica: um estudo a partir da fenomenologia de Michel Henry

Autores

  • Janessa Pagnussat Universidade Federal de Santa Maria
  • Silvestre Grzibowski Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v7i3.52802

Palavras-chave:

Michel Henry, Vida, cultura, ciência, barbárie

Resumo

O presente artigo tem como objetivo descrever a cultura como manifestação da vida originária, a barbárie como resultado da chegada da revolução científica moderna e a ressignificação da vida e da cultura a partir dessa objetividade do ser. Partimos da teoria de Michel Henry de que a vida se manifesta de forma originária e absoluta, em sua sensibilidade, constituindo a cultura e a arte como manifestações concretas da vida em suas diferentes formas elementares. Porém, com a chegada da ciência, a subjetividade foi sendo objetivada levando ao esquecimento da vida e a decadência cultural, o que originou a barbárie. Na obra A Barbárie, Henry descreve essa mudança radical ocorrida com a revolução científica em que a cultura e a vida foram ressignificadas. Assim, pretendemos descrever essas novas concepções a partir de uma proposta fenomenológica e a possibilidade de um retorno a vida e a sensibilidade originária que foram esquecidas pela sua objetivação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janessa Pagnussat, Universidade Federal de Santa Maria

Janessa Pagnussat é Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Filosofia, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: janessapagnussat@hotmail.com.

 

Silvestre Grzibowski, Universidade Federal de Santa Maria

Professor Doutor do Programa de Pós-graduação em Filosofia, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: silboski@yahoo.com.br.

Referências

FURTADO, Luiz José. A filosofia de Michel Henry: uma crítica fenomenológica da fenomenologia. Dissertatio, p. 231-249, inverno/verão de 2008. Disponível em: http://www.ufpel.edu.br/isp/dissertatio/revistas/27- 28/27-28-10.pdf.

HENRY, Michel. De la subjectivité. Tome II Phénoménologie de la vie. Paris: Épiméthée, PUF, 2003.

HENRY, Michel. L’essence de la manifestation. Paris: Épiméthée, PUF, 2011.

HENRY, Michel. O que é isso a que chamamos de vida?. In: MARQUES, R. V., MANZI FILHO, R. (Orgs). Paisagens da Fenomenologia Francesa. Trad. Rodrigo V. Marques. Conferência pronunciada na Universidade de Québec em Trois-Rivières, em primeiro de novembro de 1977. Curitiba: Editora UFPR, 2011.

HENRY, Michel. A Barbárie. Trad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: É Realizações Editora, 2012.

HENRY, Michel. Difícil Democracia. Revista Ápeiron Estudios de Filosofia, Madrid, n. 1, p. 413-432, 2014.

HENRY, Michel. O amor de olhos fechados. Trad. Pedro Sette-Câmara. São Paulo: É Realizações Editora, 2015.

KÜHN, Rolf. Ipseidade e Praxis Subjectiva: Abordagens fenomenológicas e antropológicas segundo o pensamento de Michel Henry. Trad. José Rosa, Helena de Jesus e Adelino Cardoso. Lisboa: Edições Colibri, 1944.

MARTINS, Florinda; SALDANHA, Marcelo. Michel Henry: critérios para avaliação de uma obra de arte. Revista da Fundarte, n.27, jan./jun. 2014, p. 55-64.

MEIRA, Valéria Peixoto. A barbárie na cultura da modernidade, sua banalização na sociedade e consequente perda dos significantes. Anais do Congresso Internacional da Faculdades EST, São Leopoldo, v.2, 2014, p. 318-326.

PALOMAR TORRALBO, Agustín. El valor cultural del arte en la época de la barbarie: la fenomenología estética de Michel Henry. Estudios de Filosofia, n.58, julh./dez. 2018, p. 143-167.

PRASERES, Janilce S. Fenomenologia da afetividade: um estudo a partir de Michel Henry. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Centro de Ciência Sociais e Humanas, Universidade Federal de Santa Maria. 2015.

Arquivos adicionais

Publicado

2020-12-01

Como Citar

Pagnussat, J., & Grzibowski, S. (2020). A ressignificação da cultura a partir da revolução científica: um estudo a partir da fenomenologia de Michel Henry. Aufklärung: Journal of Philosophy, 7(3), p.203–212. https://doi.org/10.18012/arf.v7i3.52802

Edição

Seção

Artigos