Justiça como virtude artificial: Sobre o artifício humano na concepção de justiça de Hume
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v8i3.52919Palavras-chave:
Artifício, Hume, justiça, natureza humana, virtudes artificiaisResumo
O artigo considera a tese humiana segundo qual a justiça é uma virtude artificial. Com base na análise de alguma das concepções apresentadas nas obras Tratado da Natureza Humana e Investigação sobre os Princípios da Moral, este texto propõe que a afirmação em questão exige uma qualificação. A noção de artifício, no contexto da discussão sobre justiça, deve ser compreendida à luz de uma relação fundamental entre disposições da espécie humana: a reflexão na sua atividade de refrear as paixões. Nesse sentido, o artificial, enquanto relacionado a isso que se concebe como artifício humano, pode ser compreendido, de alguma maneira, como natural, enquanto característico da espécie humana.
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