A gênese da intuição do outro e a formação da comunidade transcendental: a questão da intersubjetividade em Husserl
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v7i3.53823Palavras-chave:
Epistemologia, Eu, Outro, SolipsismoResumo
Este artigo objetiva examinar a gênese da intuição do outro e como ocorre a formação da comunidade transcendental, ou seja, investigar a questão da intersubjetividade em Husserl. A fenomenologia evoca a primazia do estudo eidético, tomando as essências no mais alto nível de pureza intencional. No sistema redutivo fenomenológico, o ego pode se autoexplicar de maneira rigorosa e revelar a si mesmo sua estrutura de possibilidade do conhecimento. Mostra-se que, Husserl, para não se cair no solipsismo, adota uma nova perspectiva de abordagem do sistema redutivo (epoché abstrativa), que proporciona identificar as estruturas transcendentais das relações com os outros sujeitos. Evidencia-se que, ao intencionar o outro, na perspectiva transcendental, o eu se depara com uma estrutura pura de vinculação, que lhe permite a constituição de um mundo comum, ou seja, o sentido da coletividade. Portanto, a fenomenologia, proporciona, agora desde novas bases, a constituição do eu transcendental e sua realidade concreta, como mônada, e ao descrever a questão da intersubjetividade, enquanto comunidade dos sujeitos, como fundamento da transcendência, emancipa-se do solipsismo e completa o sistema redutivo.
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