Ressentimento e civilização ocidental na filosofia de Nietzsche
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v7iesp.56764Palavras-chave:
Nietzsche, Genealogia da moral, civilização ocidental, ressentimento, domesticação do homemResumo
Em Genealogia da moral, Nietzsche investiga a origem das valorações morais com o objetivo de denunciar as concepções metafísicas de “bem” e “mal” vigentes no Ocidente. No seu entender, esses valores seriam, na realidade, frutos de determinada procedência histórica e de perspectivas avaliadoras. E, nesse mesmo sentido, o filósofo identifica o surgimento das duplas de valores “bom e ruim” e “bom e mau”, decorrentes, respectivamente, das perspectivas do “guerreiro” e do “sacerdotal”. Nietzsche compreende, ainda, que tal antagonismo moral travaria uma luta milenar na história da humanidade, isso porque as perspectivas divergentes teriam configurado – em diversas sociedades e em alternados momentos – a implementação de valores equivalente a um modo de ser sadio ou doente. Ocorreria, no entanto, que um desses modos avaliativos seria predominante no processo civilizatório ocidental – e por consequência, uma dupla de valores. Assim, os valores que vigoram no Ocidente teriam procedido de uma avaliação guiada pelo pathos do “ressentimento” – sentimento típico da classe “sacerdotal”. Dessa maneira, a “civilização”, defende Nietzsche, teria por objetivo promover uma espécie de “adestramento” humano na medida em que enfraquece os impulsos mais afirmativos e vitais dos homens e, com efeito, os direcionaria ao seu estágio mais decadente.
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Referências
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