A figura de Eichmann e a faculdade do pensar em Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v8i3.60727Palavras-chave:
banalidade, holocausto, julgamento, mal, pensamentoResumo
Em sua obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, Hannah Arendt (1999) analisa o julgamento de Adolf Eichmann – um ex-oficial do regime nazista responsável pela deportação dos judeus europeus durante o Holocausto, que, por sua vez, se tornou um perito na questão judaica. Durante o seu julgamento, a autora destaca a sua incapacidade de fugir dos clichês burocráticos e sua conspícua superficialidade em condutas convencionais e padronizadas. Diante dessa figura, Arendt se espanta (thaumazein) com a ausência de pensamento nele existente: a falta de parar para pensar. Esse espanto levou Arendt a questionar se teria sido a ausência de pensamento uma das condições capazes de levar o homem a fazer o mal. Nessa perspectiva, este trabalho busca analisar a relação conflitante entre o mal que se torna banal, expresso na figura de Eichmann, e a faculdade humana de pensar, no sentido de se evitarem catástrofes.
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