A comunidade na Religião consumada hegeliana a partir dos conceitos Ubuntu e Amor

Autores

  • Álvaro Veloso Bô Universidade Licungo/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v9iesp.62071

Palavras-chave:

Comunidade, Bantu, Amor, Intersubjetividade, Reconciliação

Resumo

O presente artigo intitulado, A comunidade na Religião Consumada Hegeliana a partir dos conceitos de Ubuntu e Amor, tem como objetivo compreender como Ser humano (munthu) participa da comunidade sub égide do Espírito. Esse Espírito para Hegel é a comunidade; é a consciência de Deus que existe e se realiza na relação entre Deus-Pai e Deus-Filho. O cerne para apreensão dos costumes e instituições do ser humano Bantu é a unidade da vida com a comunidade cujo mediador é o Espírito (muzimu); isso, se associa a um princípio único nos munthu - a participação. De forma ontológica o Bantu se encontra em união vital e intersubjetiva com os antepassados, os vivos e aqueles que estão por nascer na comunidade, que desemboca em uma prática religiosa. Os Bantus têm a noção de Espírito absoluto em primeiro plano; o manancial e a plenitude de vida. Por isso, a vida é o maior dom. Os antepassados receberam-na de um Ser absoluto, para a comunicar e defendê-la na comunidade. O Espírito sendo dinâmico impregna todo universo, na base do amor e reconciliação que acontece numa relação intersubjetiva, de modo real.

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Biografia do Autor

Álvaro Veloso Bô, Universidade Licungo/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, no Programa de Programa de Pós-Graduação em Filosofia e docente da Universidade Licungo – Moçambique, da Faculdade de Letras e Humanidades.

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Arquivos adicionais

Publicado

2022-04-03

Como Citar

Bô, Álvaro V. (2022). A comunidade na Religião consumada hegeliana a partir dos conceitos Ubuntu e Amor. Aufklärung: Revista De Filosofia, 9(esp), p.45–54. https://doi.org/10.18012/arf.v9iesp.62071