Negatividade e Autolimitação: aproximações entre a cabala e a filosofia hegeliana
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v9iesp.62094Palavras-chave:
Cabala, Dialética, Isaac Luria, Hegel, NegatividadeResumo
Pretende-se, neste trabalho, realizar aproximações entre dimensões da mística judaica, em especial da escola luriana, e a filosofia romântica idealista alemã, sobretudo em Hegel, tendo por pano de fundo a perspectiva de estabelecer um conjunto de paralelismos que possam dar conta de compreender adequadamente a importância e fascínio que a mística judaica exerceu sobre parcela significativa da intelectualidade judaica da Europa Central na virada do século XIX para o século XX. Parte-se de considerações críticas da obra de Michael Löwy, intitulada Redenção e Utopia, na qual o referido autor estabelece importantes investigações, que, embora limitadas, a nosso ver, sugerem a possibilidade latente de uma investigação de maior profundidade. O presente artigo visa especificamente perceber e expor paralelismos e a importância de negatividade, enquanto elemento constitutivo fundamental e comum no movimento de pensamento das duas configurações culturais em jogo.
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