A Dialética da Emancipação na Luta por Reconhecimento:Pensando com Georg Hegel, Frantz Fanon e Axel Honneth
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v9i2.62127Palavras-chave:
Reconhecimento, Dialética da Emancipação, Justiça Social, RacismoResumo
Se uma consciência-de-si só é possível de tornar-se para-si a partir de uma relação intersubjetiva com outra consciência-de-si, nessa confrontação, para Hegel, estar-se-ia pressuposto, à princípio, um movimento de reconhecimento que subjaz uma relação ética entre os sujeitos. Compreender-se como sujeito autônomo, portanto, diria aqui respeito a uma relação de reciprocidade entre duas consciências independentes que se reconhecem enquanto tais. No entanto, infelizmente nem sempre nossas relações foram ou são pautadas no “reconhecimento mútuo”. Para Fanon, por exemplo, os negros, em uma sociedade racista, não possuiriam “resistência ontológica”, de sorte que a dialética hegeliana não daria conta da relação entre brancos (colonizador) e negros (colonizado) num contexto colonialidade do ser e do saber. Como consequência do não reconhecimento, Honneth, por sua vez, vai apontar vários fatores negativos para a integridade psíquica e identitária do indivíduo. Este artigo, por conseguinte, busca desenvolver uma discussão sobre a “luta por reconhecimento” a fim de (re)pensarmos a ideia de “justiça” social nos dias atuais, a partir das contribuições teóricas desses três autores.
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