A melancolia como pivô das tópicas freudianas: notas sobre o descentramento da subjetividade
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v9i3.62939Palavras-chave:
inconsciente, melancolia, primeira tópica, segunda tópicaResumo
O inconsciente, a grande descoberta freudiana, foi o responsável por toda a composição da teoria psicanalítica. Como toda teoria, passou por adaptações de acordo com as descobertas de Freud, que se via na necessidade de reestabelecer as regras e os meios de funcionamento do aparelho psíquico. Através das antinomias pulsionais, das topologias relativas ao inconsciente e, em particular, da melancolia como pivô entre tópicas, mostraremos como Freud possibilita pensar não só as consequências da perda objetal, mas como esta influencia na composição do Eu. Elegendo-a como fundamental à instauração da segunda tópica, advogaremos que é a partir da melancolia que Freud nos permite compreender o Eu como descentrado e despossuído por uma “cena outra” que o coloca numa situação perpetuamente deficitária. Do advento da segunda tópica, defenderemos que Freud foi capaz de desvelar um Eu que é, também, inconsciente.
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