Anarqueologia como operador metodológico e éthos filosófico em Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v9i3.63004Palavras-chave:
Michel Foucault, anarqueologia, saber, poder, subjetividadeResumo
A questão relacionada ao método, na obra de Michel Foucault, é uma problemática na qual alguns pesquisadores têm se debruçado, tendo em vista a diversidade dos caminhos de pesquisa trilhados ao longo de sua produção intelectual. Nesse sentido, o presente estudo, através de uma discussão teórica, pretende colocar em pauta o conceito de anarqueologia, desenvolvido pelo filósofo francês no curso Do governo dos vivos, de 1980. A hipótese que se pretende desdobrar é a de que o conceito em voga se inscreve em um percurso teórico-metodológico particular, abarcando um encadeamento dos três domínios ou eixos (ser-saber, ser-poder, ser-consigo) da obra de Foucault, viabilizando assim certa reformulação da interpretação foucaultiana acerca do sujeito.
Downloads
Referências
AVELINO, Nildo. Governamentalidade e anarqueologia em Michel Foucault. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 25, n. 74, p. 139-157, out. 2010.
AVELINO, Nildo. Apresentação: Foucault e a anarqueologia dos saberes. In: FOUCAULT, M. Do governo dos vivos: curso no Collège de France, 1979-1980: excertos. 2. ed. São Paulo: Centro de Cultura Social; Rio de Janeiro: Achiamé, 2011, p. 17-37.
CANDIOTTO, Cesar. A governamentalidade política no pensamento de Foucault. Filosofia Unisinos,v.11, n. 1, p. 33-43, jan./abr. 2010.
CANDIOTTO, Cesar. Foucault e a crítica da verdade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
CASCAIS, António Fernando. Paixão, morte e ressurreição do sujeito em Foucault. Comunicação e Linguagens, Lisboa: Cosmos, n.19, p.77-117, 1993.
DELEUZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2013.
DREYFUS, Hubert Lederer; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
FOUCAULT, Michel. História da Loucura na idade clássica. São Paulo: Perspectiva, 1978.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 3. ed. São Paulo: Loyola, 1996.
FOUCAULT, Michel.Verdade e poder. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998a, p. 1-14.
FOUCAULT, M. Nietzsche, a genealogia e a história. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998b. p. 15-37.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
FOUCAULT, Michel.As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FOUCAULT, Michel.1984 – A ética do cuidado de si como prática de liberdade. In: FOUCAULT, Michel. Ética, política, sexualidade. Ditos e escritos V. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. p. 264-287.
FOUCAULT, Michel. Linguística e ciências sociais. In: FOUCAULT, Michel. Arqueologia das ciência e história dos sistemas de pensamento. 2. ed. Ditos e escritos II. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005a, p. 160-181.
FOUCAULT, Michel. Aula de 7 de janeiro de 1976. In: FOUCAULT, Michel.Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 2005b, p. 3-26.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008a.
FOUCAULT, Michel.Segurança, território, população: curso dado noCollège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008b.
FOUCAULT, Michel. 1968 – Resposta a uma questão. In: FOUCAULT, Michel. Repensar a política. Ditos e escritos VI. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010, p. 1-24.
FOUCAULT, Michel. O que é a crítica? (Crítica e Aufklärung). Imprópria: Política e
Pensamento Crítico, Lisboa, n. 1, p. 57-80, 2012.
FOUCAULT, Michel. Do governo dos vivos: curso no Collège de France (1979-1980). São Paulo: Martins Fontes, 2014.
GALLO, Silvio. Da arqueologia à anarqueologia: um palimpsesto metodológico em Foucault. In: RESENDE, Haroldo de (Org.) Michel Foucault: da produção de verdades ao governo da vida. São Paulo: Intermeios, 2021, p. 285-311.
GÓMEZ, L. Anarqueología y guberrnamentalidad neoliberal: ¿quiénes somos hoy? In: LARRAURI, Maite. Anarqueología: Foucault y la verdad como campo de batalla. Madrid: Enclave de libros, 2018, p. 247-260.
KANT, Immanuel. Textos seletos. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
KRAEMER, Celso. Discurso e técnicas de vida: a questão metodológica em subjetividade e verdade. Haveria um Foucault da ética? In: RESENDE, H. (Org.). Michel Foucault: a arte neoliberal de governar e a educação. São Paulo: Intermeios, 2018, p. 45-66.
LARRAURI, Maite. Anarqueología: Foucault y la verdad como campo de batalla. Madrid: Enclave de libros, 2018.
LEMKE, Thomas. Foucault, governamentalidade e crítica. São Paulo: Editora Filosófica Politéia, 2017.
LORENZINI, Daniele. Anarcheology and the Emergence of the Alethurgic Subjectin Foucault’s On the Government of the Living. Foucault Studies Lectures, vol 3, n. 1, p. 53-70, dez. 2020. DOI: https://doi.org/10.22439/fsl.vi0.6153
MACHADO, Roberto. Foucault, a ciência e o saber. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
MOREY, Miguel. La cuestión del método – prólogo a Tecnologías del yo. In: Escritos sobreFoucault. Madrid: Sexto Piso, 2014, p. 309-334.
PINHO, Luiz Celso. A trajetória do conceito de genealogia em Foucault (1971-1984). Philósophos, Goiânia, v. 19, n. 1, p. 171-190, jan./jun. 2014.
SENELLART, Michel. Situação dos cursos. In: FOUCAULT, M. Segurança, território, população: curso dado noCollège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008, p.495-538.
VEIGA-NETO, Alfredo. Teoria e método em Michel Foucault: (im)possibilidades.Cadernos de Educação, Pelotas, n. 34, p.83-94, set./dez. 2009.
VEIGA-NETO, A. Foucault & a educação. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Política de Direito Autoral para os itens publicados pela Revista:
1.Esta revista é regida por uma Licença da Creative Commons aplicada a revistas eletrônicas. Esta licença pode ser lida no link a seguir: Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
2.Consonante a essa politica, a revista declara que os autores são os detentores do copyright de seus artigos sem restrição, e podem depositar o pós-print de seus artigos em qualquer repositório ou site.
Política de Direito de Uso dos Metadados para informações contidas nos itens do repositório
1. Qualquer pessoa e/ou empresa pode acessar os metadados dos itens publicados gratuitamente e a qulquer tempo.
2.Os metadados podem ser usados sem licença prévia em qualquer meio, mesmo comercialmente, desde que seja oferecido um link para o OAI Identifier ou para o artigo que ele desceve, sob os termos da licença CC BY aplicada à revista.
Os autores que têm seus trabalhos publicados concordam que com todas as declarações e normas da Revista e assumem inteira responsabilidade pelas informações prestadas e ideias veiculadas em seus artigos, em conformidade com a Política de Boas Práticas da Revista.