O fundo obscuro da alma: Baumgarten e os fundamentos metafísicos da Estética

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v10i3.65627

Palavras-chave:

Baumgarten, metafísica, estética, espírito, estudos clássicos

Resumo

Este artigo propõe um estudo sobre algumas reflexões filosóficas feitas por Alexander Baumgarten no contexto dos desdobramentos do racionalismo escolástico de Leibniz. Investigarei as teses metafísicas, sobretudo as que explicam a estrutura do conhecimento sensível, a psicologia empírica e as faculdades da gnosiologia inferior. Além disso, veremos de que maneira Baumgarten retoma as teorias clássicas da retórica e da poética para criar seu sistema das artes, examinando o papel das percepções da alma na produção e contemplação da beleza. Por fim, analisaremos de que maneira a estética baumgartiana sintetiza as verdades metafísicas e os estudos clássicos em uma única disciplina filosófica, ao fomentar uma educação cultural de elevação espiritual.

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Biografia do Autor

Douglas Chaves de Souza, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação e mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

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Arquivos adicionais

Publicado

2023-12-13

Como Citar

de Souza, D. C. . (2023). O fundo obscuro da alma: Baumgarten e os fundamentos metafísicos da Estética . Aufklärung: Journal of Philosophy, 10(3), p.37–54. https://doi.org/10.18012/arf.v10i3.65627