Sobre a Revista
Foco e Escopo
O objetivo do processo editorial é apresentar à comunidade científica e ao público em geral uma contribuição significativa na área.
A revista não se responsabiliza ou endossa, nem de forma individual nem de forma solidária, pelas opiniões, ideários, conceitos, apreciações, julgamentos e considerações emitidos nos textos, salientando que os textos são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores.
Processo de Avaliação pelos Pares
Os manuscritos recebidos eletronicamente que estiverem de acordo com as normas da revista e que forem considerados potencialmente publicáveis por Revista Ártemis serão encaminhados pelos Editores para o os avaliadores ad-hoc.
Os avaliadores poderão recomendar aos editores a aceitação sem modificações, aceitação condicional a modificações, ou a rejeição do manuscrito. A identidade dos avaliadores não será informada aos autores e estes terão acesso às copias dos pareceres dos avaliadores. O texto encaminhado aos avaliadores não terá identificação da autoria.
Uma vez reformuladas as versões dos manuscritos iniciais serão apreciadas pelo Comitê Editorial, que poderão solicitar tantas mudanças quantas forem necessárias para a aceitação final do texto. A decisão final sobre a publicação de um manuscrito será sempre dos Editores.
O Comitê Editorial reserva-se o direito de fazer pequenas correções e/ou modificações no texto dos autores para agilizar seu processo de publicação.
No último número de todos os anos as revista serão publicados os nomes dos avaliadores que realizaram a seleção dos artigos daquele ano, sem especificar quais textos foram analisados individualmente.
Política de Acesso Livre
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas.
Apresentação
A Revista Ártemis - Estudos de Gênero, Feminismo e Sexualidades inaugura, em 2012, sua versão impressa, graças aos recursos recebidos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), por meio do Edital Apoio à Publicações de Periódicos Brasileiros em Ciências Humanas.
O periódico, que começou a ser publicado em 2004, na versão online, tem por objetivo divulgar as múltiplas facetas do “feminismo tropical”, marcando suas diferenças e seus diálogos com teorizações e publicações da área produzidos em outros locais. Pretendemos ser a expressão do amálgama composto pelos elementos formais e racionais, que herdamos do feminismo americano e europeu, ao qual acrescentamos uma pitada de intuição, aspectos suprarracionais, explosivos, singulares, performáticos que conjugam saber e crítica à beleza e prazer.
Assim, à lógica formal, agregam-se manifestações de sensualidade de forma ímpar, porque ímpar somos, jamais cópias de cópias imperfeitas! Não seguimos modelos pré-determinados, abrimos a trilha deixando pegadas nos bosques da deusa virgem; enfim, materializamos sonhos: “Pois toda a vida é sonho, e os sonhos, sonhos são”.
O nome ‘Ártemis’ foi escolhido porque simboliza a marca indelével que a revista pretende disseminar. Quando o movimento feminista surgiu, na década de 1960, as mulheres de “Atenas” lutavam pela transformação das relações entre os gêneros e empoderamento da mulher: o arquétipo da deusa Atenas estava expresso naquelas mulheres lógicas, racionais, competitivas que ocupavam espaços tradicionalmente masculinos: carreiras políticas, empresariais, científicas. Graças a elas, a configuração do feminino mudou ao longo das últimas gerações. Essas mulheres tiveram que adaptar-se ao mundo dos homens para provar que podiam ocupar papéis e posições proibidas ou inadequadas ao ‘belo sexo’. Mas a geração de mulheres Atenas, a nosso ver, têm um problema: elas são produto direto do mundo masculino, o qual reproduzem, no plano público e nas relações interpessoais.
O século XXI trouxe o redimensionamento das prioridades do feminismo, desde a Terceira Onda do movimento. Agora a demanda exige, não só uma nova sociabilidade, como também outras relações entre os seres e desses com a Natureza. O símbolo adequado para esse momento da história humana seria a deusa Ártemis, ou a mais completa recusa ou resistência (não mais a reprodução) do mundo dominado pelo sexo masculino.
Arquétipos divinos tocam a fundo os instintos humanos. Ártemis nos remete à competição, mas também à amizade entre as mulheres. Esta Deusa representa o instinto puro da caça e a Lua, ao iluminar aspectos da vida que estão além das aparências, ressalta intuição e percepção apuradas.
Diz a lenda que, ao nascer, Ártemis ajudou a mãe no parto do irmão, Apolo. Por esse motivo, na Grécia, ela era considerada a Deusa dos nascimentos, auxiliando todas mulheres que a ela recorriam, pois é a deusa protetora das mulheres, por excelência.
Dizem que quando criança foi levada a conhecer o rei dos deuses - seu pai. Encantado com a criatura, Zeus perguntou qual seria seu maior desejo e ela, sem hesitar, falou que desejava correr livremente pelas florestas e montanhas, ao lado dos animais ferozes e jamais ter que se casar. “Entrega-me as montanhas. Nelas habitarei.” O pai lhe entregou arco e flechas, uma matilha, ninfas para acompanhá-la e uma túnica para correr pelos bosques. Por fim, também recebeu o dom da castidade. Nossa época teria dificuldade para entender esse conceito, mas a castidade (do verbo latino carere, que origina a palavra castus), implica no conceitos de corte e separação. Originalmente usada na agricultura, significa um ramo cortado de uma planta criando uma nova planta e reproduzindo as características. Assim, castrar significa multiplicar as partes isoladas. Ártemis não pediu a eterna virgindade, mas a independência como mulher.
A Deusa da Caça e da Lua é independente da figura masculina, aliás ela tem independência para escolher seus parceiros e é intocada em relação ao poder de decisão que detém sobre seu destino, só seus instintos e suas metas a governam. Esse mito significa que a Deusa e suas seguidoras não eram coagidas à domesticidade, mas representavam o rompimento com a ordem limitadora.
As montanhas e os bosque são os domínios de Ártemis, ela é a própria floresta e o ar que cada planta e animal respiram. Ela plasma, na sua simbologia, a conexão entre o Feminismo e a Ecologia, fundindo dois elementos essenciais para a transformação do mundo.
Ártemis é também uma Deusa Guerreira e protetora, dotada de grande capacidade de focar, perseguir e conquistar objetivos. Como Deusa Arqueira, pode objetivar qualquer alvo devido a sua habilidade de concentração intensa no que é importante e a permanência imperturbável no alcance do objetivo. Ela ensina que o foco, a perseverança e a espreita conduzem às realizações dos talentos. A despeito de tudo que o mundo diga que não podemos, que não sabemos e que não conseguiremos porque nascemos (meninas) sem pênis!
Nas formas mais primitivas, Ártemis é retratada como a Grande Deusa Mãe, como demonstra sua estátua em Éfeso, onde era a Deusa da Fertilidade, simbolizada com muitos seios devido à sua condição extremamente fértil.
O compromisso de Ártemis é a defesa das mulheres e de tudo que se relaciona com a violação feminina e sua legítima defesa – o cuidado da Deusa com mulheres hostilizadas e maltratadas, bem como no combate ao incesto e pedofilia é intenso e poderoso. Os agressores tendem a sofrer terrivelmente quando agridem as que se encontram sob a proteção de Ártemis.
A mulher tocada por Ártemis evita os homens que querem ser o centro de seu mundo, preferem relacionamentos baseados em padrões de igualdade. Sua natureza não permite que a prendam em nenhuma circumstância, e essa nem se sentirá bem com a idéia de prender algo ou alguém.
O arquétipo apela para a ideia da comunidade das mulheres, a Sisterhood, assentada na cooperação, pois o elo que as une é o da amizade. Ela é a parteira, a irmã e a amiga. Inconstante como a Lua, é caçadora com pontaria certeira.
Recuperar uma deusa que habita o plano simbólico e materializá-la na Revista Ártemis, representa o esforço que fazemos para resgatar a dimensão mágica do feminismo polifônico e é nesse sentido que apresentamos nossos dois volumes referentes a 2012, recheados de olhares plurais sobre o feminino.
Sponsors
IPEA edital 01-2011 apoio a revistas de Ciências Humanas.
Fontes de Apoio
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