IDENTIDADE E PESSOAS ESPECIAIS: MÃES DE PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL
Resumo
Neste trabalho fazemos uma reflexão sobre a identidade de mães de pessoas portadoras de paralisia cerebral PC, utilizando seus próprios depoimentos como metodologia. Seguiu-se a técnica de "histórias de vida" que foram realizadas com usuárias de centros de atendimento e de reabilitação, sendo um de atendimento público e o outro particular, nas cidades de Araraquara e de São Paulo. Buscamos entender que condicionantes unificam a vivência de tais mulheres, dado os graus variados com que esta síndrome atinge seu portador e ocasiona diversidades de handicaps Trata-se, portanto, de entender as possibilidades da identidade das mães pela busca de condicionantes universais desta vivência. Sugere-se que pelo fato da PC ser uma síndrome incurável pelos atuais conhecimentos médicos há um aspecto forte e coletivo nesta identidade. Partimos das seguintes hipóteses: 1) Numa sociedade competitiva que valoriza sobremaneira aquilo que é previsível, o contato com a "deficiência" torna-se complexo. Neste sentido o preconceitos é o reverso da aceitação do acaso. Tenta-se afastar/ buscar uma culpabilidade para aquela condição. As mães são aconselhadas a esconderem a deficiência: enxugar a baba, esconder com roupas compridas as órteses, os diferentes tipos de próteses ou outros aparelhos. Reage-se como se fossem objetos obscenos e nem se pergunta se tais instrumentos podem ajudar a trazer os portadores para padrões de movimentos mais funcionais. Como o preconceito atua sobre as mães?; 2) De que modo as mães de portadores de PC reagem diante das capacidades de seus filhos. Tais graus diferentes de capacitações colocam fronteiras mais ou menos distantes de acesso ao mundo e de auto construção enquanto indivíduos autônomos.Downloads
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Publicado
2006-06-20
Como Citar
STEIN, L. de M. IDENTIDADE E PESSOAS ESPECIAIS: MÃES DE PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL. Revista Ártemis, [S. l.], n. 4, 2006. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/2105. Acesso em: 24 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos