Corpo-afeto, corpo-violência: experiências na prostituição de estrada na Paraíba
Palavras-chave:
Etnografia, Sexo, Prostituição, Cidades, Fronteira, ParaíbaResumo
Este texto é um ensaio etnográfico que busca apresentar uma reflexão incompleta sobre experiências na prostituição, cujas agentes são mulheres e travestis, a partir de pesquisas antropológicas realizadas no Litoral Norte da Paraíba. Na tentativa de deslocar o foco sobre o mercado do sexo, prostituição e outras formas de sexo pago em grandes capitais, nacionais e internacionais, pretendo compreender, numa região formada por cidades de pequena escala e municípios rurais e indígenas como trocas sexuais que envolvem dinheiro e outros bens potencializam redes de relações que se fazem e desfazem em agressões e afetos e mobilizam suas agentes em itinerários e trânsitos entre diferentes espaços, na maioria das vezes, localizados nas bordas das regiões metropolitanas. Do corpo desfeito pelas experiências de violência, e refeito pelas de afeto e cuidado de si, mulheres e travestis que se prostituem, neste contexto etnográfico, apresentam um modo de vida que só é possível num território intersticial, entre o interior e a capital, entre o sertão e o litoral, que descentraliza o lugar da prostituição e a desloca para um cenário mais amplo, de potencialidades de corpos, pessoas, relações e objetos.Downloads
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Publicado
2015-01-03
Como Citar
NASCIMENTO, S. de S. Corpo-afeto, corpo-violência: experiências na prostituição de estrada na Paraíba. Revista Ártemis, [S. l.], v. 18, n. 1, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/22535. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Pesquisando prostituição e mercados do sexo: contribuições, debates