Os estupros como arma de guerra contra as mulheres durante a guerra na Bósnia-Herzegovina (1992- 1995): Uma reflexão à luz do conceito de segurança humana das Nações Unidas

Autores

  • Maria Clara B. O. Casagrande
  • Luis Felipe Rebello
  • Ana Cláudia D. C. de Oliveira

Resumo

Este artigo apresenta uma reflexão sobre os estupros de mulheres cometidos por militares durante a guerra na Bósnia-Herzegovina entre 1992 a 1995 a partir do debate sobre os estupros como arma de guerra no âmbito dos estudos de segurança internacional e de gênero. O objetivo é mostrar a caracterização dos estupros como arma de guerra e problematizá-los à luz do conceito de segurança humana pelas Nações Unidas. Por meio da pesquisa bibliográfica e documental, o artigo demonstra como o conceito de segurança humana influenciou no avanço da jurisprudência internacional mediante a atuação do Tribunal Penal para a Ex-Iugoslávia (TPI) em relação à definição e julgamento das práticas do estupro. O referencial teórico dialogou na interface das discussões de gênero e do conceito de segurança humana e as conclusões apontam o estupro como uma arma de guerra que além de subjugar as mulheres violentadas, reforça a cultura do medo e da dominação masculina e ajuda a perpetuar o patri-arcalismo com uma nítida divisão de gêneros que se acentua em situações de conflitos.

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Publicado

2015-12-21

Como Citar

B. O. CASAGRANDE, M. C.; FELIPE REBELLO, L.; D. C. DE OLIVEIRA, A. C. Os estupros como arma de guerra contra as mulheres durante a guerra na Bósnia-Herzegovina (1992- 1995): Uma reflexão à luz do conceito de segurança humana das Nações Unidas. Revista Ártemis, [S. l.], v. 20, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/27052. Acesso em: 18 nov. 2024.