Enunciações performativas de treinadores de voleibol sobre a participação de mulheres transexuais atletas no naipe feminino
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2020v30n1.50326Palavras-chave:
Transexual, Voleibol, PerformatividadeResumo
Este artigo tem como objetivo discutir como treinadores de voleibol, das categorias profissional e amadora do estado do Rio de Janeiro, performatizam enunciações sobre a presença de mulheres atletas transgêneros em equipes do naipe feminino. Buscamos diálogo com os estudos pós-estruturalistas, sobretudo nas teorizações de Jacques Derrida e Judith Butler, pelas noções de performatividade da linguagem e performatividade de gênero. Além disso, propomos a construção de dados pela produção de narrativas com os treinadores, pelos princípios de Leonor Arfuch e Jorge Larrosa, na operacionalização de entrevistas dialógicas por meio de conversas. Os treinadores enunciaram sentidos diversos, que remetiam ao preconceito e não aceitação das jogadoras nas equipes de voleibol, em particular os que atuavam na categoria profissional, como da inclusão das mesmas, ainda que dentro de determinados parâmetros. Acreditamos que novas pesquisas sobre a participação de transgêneros no esporte podem tensionar e constituir novas performatizações de sentidos sobre o tema.