Um olhar diaspórico sobre a experiência das feministas negras africanas: em busca de encontros e empoderamento
Palavras-chave:
Afrocentricidade. Feminismo africano. Empoderamento.Resumo
As reflexões presentes neste artigo, resultam de desdobramentos do estudo realizado para o pós-doutorado. O presente texto tem como objetivo relacionar o conhecimento e a experiência das feministas negras africanas com a experiência das feministas negras brasileiras, identificando aproximações e novos aprendizados. Neste sentido, foram levantadas as produções de seis mulheres, identificadas como feministas de países africanos. Para a leitura utilizaremos a afrocentricidade, categoria cunhada por Asante nos anos 1980. A categoria traz para o centro a experiência dos povos africanos e dos (as) negros (as) na diáspora, ao mesmo tempo que chama atenção para os perigos de um pensamento único. O estudo justifica-se pela necessidade que os (as) negros (as) na diáspora têm de reconhecerem-se como descendentes de um continente potente, cuja história no Brasil tem sido distorcida e negada. O estudo contribuirá para afirmar que esta história silenciada tem impactado a vida dos (as) negros (as), bem como, é um esforço de potencializar narrativas que desconstruam a ideia de uma África enfraquecida, passiva e sem história. Entendemos que esse estudo une-se a outros que buscam resgatar e recontar a história da África, conectando passado e presente, no reconhecimento de que os saberes e epistemologias africanas são imprescindíveis para um olhar novo sobre a história do Brasil e o empoderamento das mulheres negras brasileiras.