Relações de poder e questões de gênero no continente africano: um estudo de caso

Autores

  • Renata Feital
  • Núbia Aguilar USP

Resumo

O colonialismo foi um movimento que atingiu de diversas maneiras o continente africano. As esferas políticas, econômicas e ideológicas foram orquestradas para atender o projeto colonial, que envolveu pessoas guiadas por distintos interesses. Desse contato, surgiram relações múltiplas entre colonizadores e colonizados. Ao estabelecer hierarquias de poder, ocorreu a criação de malhas discursivas que fundamentaram estereótipos operados para definir, sobretudo de modo pejorativo, quem eram os sujeitos africanos. A conjuntura expressa representações de mulheres de maneira limitada e reduzida à visão colonial. Vários foram os casos em que mulheres foram retratadas de formas objetificadas, buscando atender a sociedade do espetáculo. Neste artigo serão visitados espaços de debates sobre estes temas, partilhando da perspectiva que o colonialismo precisa também ser analisado com teorias que abordam as relações de gênero. Concomitante, oferecemos uma leitura sobre a atuação militante de Miriam Makeba que foi proeminente em realizar uma arte que confrontou, de muitas maneiras, as narrativas coloniais, que representaram africanas e africanos. O movimento realizado por Miriam Makeba, será lido como parte das agências realizadas por sujeitos africanos diante das distintas situações de opressão que emergiram do contato colonial, a tempo que destacaremos a importância da representação para a criação de narrativas e a estruturação de espaços de poder. 

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Publicado

2021-12-15

Como Citar

FEITAL, R.; AGUILAR, N. Relações de poder e questões de gênero no continente africano: um estudo de caso. Revista Ártemis, [S. l.], v. 32, n. 1, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/61423. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Feminismos Africanos: conexões locais e globais