A lírica subalterna latino-americana: a decolonização feminista em Krudxs Cubensi

Autores

  • Lidiane Cossetin Alves Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza Universidade Estadual de Londrina; Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Palavras-chave:

Canção latino-americana, Lírica subalterna latino-americana, Decolonização, Feminismo(s) Decolonial(is), Krudxs Cubensi

Resumo

A presente pesquisa apresenta uma análise sobre a letra da canção “Mi cuerpo es mío” (2014), da dupla de raperas latino-americana feminista Krudxs Cubensi, objetivando o estudo de artistas latino-americanas e sua produção poética e musicada, por conter reflexões sobre denúncia social e promoverem questionamentos acerca da emancipação e decolonização da mulher, sob a ótica dos feminismos decoloniais latino-americanos. As seguintes questões incitadoras compõem esta pesquisa: “Como se caracterizam as subalternações das artistas das canções selecionadas neste corpus em seus contextos sociais, culturais e históricos?”; “Em que passo as canções apresentam a retomada de voz destas mulheres em seus contextos?”; e, “Como os movimentos feministas são apresentados nessas canções contemporâneas latino-americanas?”. Assim, busca-se compreender o contexto sociocultural dessas artistas, como sujeitas latino-americanas; realizam-se os levantamentos dos conteúdos temáticos e dos recursos estilísticos da linguagem poética e artística explorados pelas cantoras em suas canções; e, relacionam-se os conteúdos temáticos aos formais, observando a crítica expressa nas canções e sua relação com a questão das sujeitas subalternas latino-americanas, por meio dos estudos feministas. O trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico. Para que se conheçam os contextos de tais mulheres artistas e, ainda, os conteúdos poéticos da canção, compreendidos como lírica subalterna latino-americana, recorre-se às teorias decoloniais feministas: Anzaldúa (2019b), Bairros (2020), Berth (2019), Biroli (2014b), Carneiro (2019b), Gonzalez (2020), Hollanda (2020), Louro (2019), Lorde (2019c, 2019d), Lugones (2020), Preciado (2019b), entre outras. A partir das constatações alcançadas, compreende-se que, ao ocuparem seus espaços e vozes, tais sujeitas artistas revelam um acentuado caráter crítico feminista em relação às problemáticas sociais atuais latino-americanas, no sentido de emanciparem-se de modelos coloniais, patriarcais e machistas, oportunizando demais emancipações a outras mulheres.

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Biografia do Autor

Lidiane Cossetin Alves, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutoranda em Letras; Mestre em Letras - Linguagem e Sociedade; e Graduada em Letras-Português/Espanhol pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. É membro dos grupos de pesquisas "Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura e nas Diversas Linguagens" (UNIOESTE/2019) e "Crítica feminista e Autoria feminina: cultura, memória e identidade" (UFGD/2021). Seus estudos voltam-se às Literaturas, Artes, Culturas e Sociedades Latino-americanas, tal como suas Línguas, Linguagens e Expressividades. E-mail: lidicossetin@yahoo.com.br. ORCID https://orcid.org/0000-0003-0678-1533.

Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza, Universidade Estadual de Londrina; Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Graduada em Letras Português/Espanhol, com Mestrado e Doutorado em Letras pela UNESP/Assis. Professora do curso de Licenciatura em Letras-Espanhol da UEL - Universidade Estadual de Londrina. É professora do Programa em Pós-Graduação em Letras-Linguagem e Sociedade, da UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná em nível de Mestrado e Doutorado. E-mail: adrifiuza@yahoo.com.br. ORCID https://orcid.org/0000-0002-8667-4756.

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Publicado

2023-07-06

Como Citar

COSSETIN ALVES, L.; DE FIGUEIREDO FIUZA, A. A. A lírica subalterna latino-americana: a decolonização feminista em Krudxs Cubensi. Revista Ártemis, [S. l.], v. 35, n. 1, p. 208–235, 2023. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/63409. Acesso em: 23 dez. 2024.